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Sem êxito em negociações salariais, vigilantes de Manaus votam greve nesta sexta (8)

Profissionais filiados ao Sindicato dos Empregados em Empresas de Vigilância e Segurança de Manaus (Sindevam) realizam, nesta sexta-feira (8), assembleia geral extraordinária para aprovar uma greve de 30% da categoria. Caso aprovada, a paralisação prevista para iniciar na próxima quinta-feira (14) afetaria o funcionamento das agências bancárias e do aeroporto da capital, além de fábricas do Polo Industrial.

Segundo o presidente do Sindevam, Valderli Bernardo, os vigilantes estudam a greve após não ter sucesso nas negociações salariais da classe com o sindicato patronal.

“Nós aprovamos em novembro a pauta de reivindicação da campanha salarial e encaminhamos para o sindicato patronal em dezembro. Nós tivemos quatro rodadas de negociação em janeiro e os empresários disseram que não dava para atender nosso pleito. É evidente que em uma negociação o pleito nunca é atendido totalmente, mas, na questão salarial, eles disseram que não tinham como aumentar além do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor)”, afirma Valderli.

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O INPC mede a variação dos preços no mercado varejista, mostrando o aumento do custo de vida da população. O índice fechou o acumulado de 2018 em 3,43% e o Sindevam pediu inicialmente 15% de reajuste salarial.

O sindicato também reivindica o aumento do ticket de alimentação diário de R$ 20 para R$ 26 e que o benefício seja pago também no período de férias dos trabalhadores.

Cerca de 10 mil vigilantes são sindicalizados na capital, segundo Valderli. “(Se aprovada a greve) Nós vamos parar 30% da categoria. Prioritariamente, esses 30% serão das agências bancárias. Fábricas do Polo Industrial de Manaus, hospitais e o aeroporto podem ficar sem segurança. Nós vamos analisar. Nossa prioridade é parar as agências bancárias, mas essas outras áreas nós não vamos descartar”, afirma.

A assembleia para votação da greve do Sindevam está marcada para as 7h30 desta sexta-feira, na Casa do Trabalhador, localizada na Rua Marcílio Dias, 256, Centro, próximo à Praça da Polícia.

A reportagem tentou entrar em contato, por telefone, com o presidente do Sindicato das Empresas de Vigilância, Segurança, Transporte de Valores, Curso de Formação e Prestadoras de Serviços de Portaria do Estado do Amazonas (Sindesp) e com o presidente da comissão de negociação patronal, mas não obteve sucesso.

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