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Serasa Experian: Amazonas lidera crescimento de tentativas de fraude ao consumidor

O setor de Bancos e Cartões foi o principal alvo dos golpistas, com 52,5% das diligências. Na sequência, apareceram os segmentos de Serviços (33,6%), Financeiras (6,4%), Telefonia (5,9%) e Varejo (1,5%).

O Amazonas liderou o crescimento das tentativas de fraude em janeiro de 2025, que foi generalizado, com todas as 27 Unidades Federativas registrando alta em relação a igual mês do ano anterior. Os dados são do indicador Tentativas de Fraude da Serasa Experian.

Os maiores avanços ocorreram nos Estados do Norte e Nordeste, como Amazonas (59,9%), Pará (59,5%), Roraima (55,2%) e Maranhão (54,4%). Já Santa Catarina (33,5%), Distrito Federal (34,1%), Paraná (36,7%) e Rio Grande do Sul (38,6%), embora ainda com volumes elevados, apresentaram as menores variações porcentuais.

O Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraude – Consumidor é resultado do cruzamento de dois conjuntos de informações das bases de dados: 1) total de consultas de CPFs efetuado mensalmente na Serasa Experian; e 2) estimativa do risco de fraude, obtida por meio da aplicação dos modelos probabilísticos de detecção de fraudes desenvolvidos pela Serasa Experian, baseados em dados brasileiros e tecnologia Experian global já consolidada em outros países.

O indicador é constituído pela multiplicação da quantidade de CPFs consultados (item 1) pela probabilidade de fraude (item 2), além da adição do volume de tentativas de fraudes registradas pela companhia referentes a verificação de documentos, biometria facial e verificação cadastral.

O setor de Bancos e Cartões foi o principal alvo dos golpistas, com 52,5% das diligências. Na sequência, apareceram os segmentos de Serviços (33,6%), Financeiras (6,4%), Telefonia (5,9%) e Varejo (1,5%).

Na análise por modalidade, quase metade das tentativas de fraude (49,4%) foi detectada por meio de inconsistências na verificação cadastral, como divergências em dados pessoais ou endereços. Já as tecnologias de autenticação biométrica e análise documental foram responsáveis por identificar 44% dos casos. A verificação de dispositivos, que avalia comportamentos suspeitos em aparelhos e navegadores, respondeu por 6,5% das ocorrências.

Segundo Rocha, a estratégia de autenticação em camadas, combinada com inteligência de dados, tem sido essencial para antecipar riscos e fortalecer a segurança digital.

As tentativas de fraude continuaram mirando, principalmente, a população economicamente ativa. Em janeiro, pessoas entre 36 e 50 anos foram as mais visadas, concentrando 32,9% das ocorrências. Na sequência, as faixas de 26 a 35 anos (26,7%), até 25 anos (15,5%), 51 a 60 anos (13,3%) e acima de 60 anos (11,6%).

Em janeiro de 2025, São Paulo liderou o número de tentativas de fraude evitadas, somando 338.006 casos. Em seguida, vieram Rio de Janeiro (115.547) e Minas Gerais (108.018) – assim, a região Sudeste foi a mais impactada. Os Estados do Paraná (80.503) e Rio Grande do Sul (71.326) completam o grupo dos cinco com maior volume. Entre os menores registros ficaram Roraima (2.613), Amapá (3.582) e Acre (3.954).

Considerando a relação entre tentativas de fraude e o número de habitantes, o Distrito Federal liderou o ranking nacional em janeiro de 2025, com 8.604 ocorrências por milhão de habitantes.

Em seguida, destacaram-se São Paulo (7.344), Mato Grosso (7 003), Mato Grosso do Sul (6.792) e Paraná (6.789), indicando uma alta densidade de ataques nas regiões Centro-Oeste e Sul. Na outra ponta, com as menores taxas proporcionais, ficaram Maranhão (3.547), Roraima (3.591), Piauí (3.793), Paraíba (4 140) e Alagoas (4.257).

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