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Sobe para 84 o número de mortes e Vale diz que vai eliminar barragens

A mineradora aprovou investimento de R$ 5 bilhões para eliminar essas barragens.

O presidente da Vale, Fabio Schvartsman, anunciou em entrevista coletiva na tarde de hoje (29), que vai eliminar as dez barragens construídas com método semelhante ao de Mariana e de Brumadinho que ainda existem no país. Todas ficam em Minas Gerais.

A decisão aconteceu após o rompimento da mina do Córrego do Feijão, que se  rompeu na ultima sexta-feira (25), deixando até o momento 84 mortos e outras 276 pessoas desaparecidas

Quanto a desativação  das barragens, Fabio se referiu especificamente às barragens que usam o método de alteamento a montante. As barragens que se romperam em Mariana e em Brumadinho tinham justamente esse tipo de estrutura. Embora seja bastante comum e mais barato, ele é considerado menos seguro por especialistas, em razão dos riscos de acidentes.

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Ele descreveu que a mineradora tinha “19 barragens com a construção a montante”. De acordo com o executivo, nove delas já haviam sido “descomissionadas” – faltavam dez. “Todas elas estão desativadas. Descomissionar significa deixa de ser barragens.  São esvaziadas ou integradas ao meio ambiente.”

Como já estavam inativas, essas barragens não recebiam mais rejeitos. A decisão de agora, então, é uma forma de acelerar a eliminação das estruturas com alteamento a montante. O processo de descomissionamento deve ocorrer ao longo de três anos, informa a Vale.

O presidente disse também que, com a suspensão das atividades das minas que ficam perto das barragens a serem descomissionadas, a Vale deixará de produzir 40 milhões de toneladas de minério de ferro ao ano. Em 2017, a companhia produziu 366,511 milhões de toneladas de minério de ferro.

A companhia também vai ter de reduzir a produção em cerca 10 milhões de toneladas de pelotas (pequenas bolinhas feitas a partir de minério de ferro fino, usadas na fabricação de aço). Em 2017, a Vale produziu 50,300 milhões de toneladas de pelotas.

Resumo

A barragem de rejeitos, que ficava na mina do Córrego do Feijão, se rompeu na sexta-feira (25). O mar de lama varreu a comunidade local e parte do centro administrativo e do refeitório da Vale. Entre as vítimas, estão moradores e funcionários da mineradora. A vegetação e rios foram atingidos.

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