O vigilante do Supremo Tribunal Federal (STF), Nataniel CAmelo disse em depoimento na Polícia Civil do Distrito Federal, que viu Franscisco Wanderley Luiz ter explodido as bombas na Praça dos Três Poderes, às 19h30 de ontem à noite, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. De acordo com a Polícia Militar do DFl, houve um “autoextermínio com explosivo”.
Segundo ele, Francisco Wanderley Luiz se aproximou e ficou parado em frente na estátua da Justiça. “O indivíduo trazia consigo uma mochila e estava em atitude suspeita em frente à estátua, colocou a mochila no chão, tirou um extintor, tirou uma blusa de dentro da mochila e a lançou contra a estátua. O indivíduo retirou da mochila alguns artefatos e com a aproximação dos seguranças do STF, o indivíduo abriu a camisa os advertiu para não se aproximarem”, diz o depoimento do vigilante do Boletim de Ocorrência da Polícia Civil.
O vigilante visualizou um objeto semelhante a um relógio digital, que o segurança acreditou tratar-se de uma bomba. O segurança estava sozinho quando o homem se aproximou. As explosões na Câmara e no STF ocorreram em momentos bem próximos.
“O indivíduo deitou no chão acendeu o ultimo artefato, colocou na cabeça com um travesseiro e aguardou a explosão”, afirma o BO.
QUEM ERA
Ex-morador de Rio do Sul, no Vale, o catarinense Francisco Wanderley Luiz foi candidato a vereador pelo PL nas eleições de 2020, mas não foi eleito. Ele era o dono do carro que explodiu, um Kia/Shuma prata, emplacado em Palhoça, na Grande Florianópolis.
Conhecido como Tiü França, Francisco era chaveiro, casado, e tinha 59 anos. Nas redes sociais dele, mensagens radicais foram encontradas e, agora, a PF deve investigar o caso, que foi relacionado ao inquérito das milícias digitais.
O filho de Francisco Wanderley Luiz, Guilherme Antônio afirma que o pai havia se mudado para Brasília depois de brigas familiarese que estava há meses sem falar com o pai.
“Ele tinha uns problemas pessoais com a minha mãe e estava muito abalado com a situação, e ele viajou. Foi só isso que ele falou. Ele só queria viajar. A intenção dele era ir para o Chile — disse Guilherme.
Guilherme Antônio tem 28 anos e é chaveiro, assim como o pai, que tinha 59 anos. O homem é de Rio do Sul, no Vale do Itajaí. Segundo a Polícia Civil, ele havia alugado uma casa em Ceilândia, na região administrativa de Brasília, há poucos dias.