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STJ nega mais um pedido para soltar PMs suspeitos de chacina em Manaus

Policiais decidiram em ‘tribunal’ como executar chacina em ramal.

 A ministra Maria Thereza de Assis Moura, presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), rejeitou, nesta quinta-feira (23), o segundo pedido de soltura dos 12 policiais militares da Rocam presos por suspeita de envolvimento na chacina de quatro pessoas em um ramal na rodovia AM-010. Em janeiro, o STJ rejeitou outro pedido.

Os agentes estão presos no Batalhão da Polícia Militar do Amazonas, em Manaus, desde o dia 24 de dezembro.

Eles são suspeitos de envolvimento nas mortes de Diego Máximo Gemaque, de 33 anos, e Lilian Daiane Máximo Gemaque, 31 anos, que eram irmãos, e de Alexandre do Nascimento Melo, 29 anos, e Luciana Pacheco da Silva, 22 anos.

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As investigações apontam que as vítimas, que estavam em um carro modelo Onix branco, foram abordadas pelos policiais em uma rua no bairro Nova Cidade e, em seguida, levadas para o ramal Acará, na Avenida das Torres, onde policiais se reuniram para decidir como seria executada a chacina.

A “rota final da morte” foi o ramal Água Branca, onde elas foram encontradas mortas.

Os investigadores afirmam que pelo menos uma das vítimas era “carta marcada para execução” e as demais foram mortas como queima de arquivo.

Os policiais da Rocam se tornaram suspeitos após a repercussão de vídeos que mostram o momento em que eles fizeram a abordagem no veículo das vítimas na Rua Portland, bairro Nova Cidade.

Lilian e Luciana aparecem nas imagens encostadas na parede de uma casa enquanto os agentes vasculham o carro em que elas estavam.

Além disso, imagens do sistema de câmeras da SSP-AM (Secretaria de Segurança Pública do Amazonas) registraram duas viaturas da Rocam escoltando o carro das vítimas na Avenida das Torres, em direção à zona norte.

A terceira viatura também aparece nos vídeos meia hora depois trafegando na mesma direção.

Na última sexta-feira (17), mais quatro policiais, incluindo um oficial, foram presos na Operação Cerco Fechado por suspeita de envolvimento na ação criminosa.

Tribunal

Investigações sobre a chacina do ramal Água Branca, ocorrida em dezembro de 2022 em Manaus, apontam que as quatro vítimas – foram submetidas a uma espécie de “tribunal” formada por 16 policiais militares da Rocam, incluindo um oficial.

O “julgamento”, conforme a apuração, ocorreu no ramal do Acará, na zona norte de Manaus, para onde as vítimas foram levadas após serem abordadas em uma rua do bairro Nova Cidade.

Os investigadores sustentam que pelo menos uma das vítimas era “carta marcada para execução” e as demais foram mortas como queima de arquivo.

Presos

A defesa dos 12 policiais já havia pedido a soltura deles no mês passado. Na ocasião, o ministro Og Fernandes afirmou que o TJAM (Tribunal de Justiça do Amazonas) ainda não tinha analisado o o mérito do caso e, por isso, não caberia ao STJ tomar para si essa tarefa.

“A matéria de fundo é sensível e demanda maior reflexão e exame aprofundado dos autos”, disse Og.

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