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“Todos são capazes de praticar um esporte”, diz paratleta amazonense

Marcela Torres, que nasceu com paralisia cerebral, rompe estereótipos e é exemplo de PCD em competições esportivas

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Paratleta Marcela Torres.  Foto: Jéssica Pacheco/APAN

A amazonense Marcela Torres de 18 anos, nasceu com paralisia cerebral e se tornou um verdadeiro milagre. “Quando eu nasci os médicos falaram para minha mãe que eu não iria passar daquele dia, então ela começou a orar para que aquilo que os médicos falaram não fosse verdade”, disse.

A fé e a esperança foram tão grandes, que a jovem começou a andar aos 3 anos e falar com 5. Desde lá, tem sido um período de desafios e descobertas e hoje está inscrita no Meeting BASA, evento que ocorre no próximo fim de semana na Vila Olímpica de Manaus.

Formada em Administração pelo Ensino Médio Técnico do Instituto Federal do Amazonas (IFAM), Marcela celebra as conquis tas. Há um ano, depois de não ser aprovada no teste para o halterofilismo (levantamento de peso), ela iniciou a prática do atletismo no Centro de Referência Paralímpico (CRP/AM).

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“Um professor me chamou. Então, eu comecei a treinar no Centro e na Vila Olímpica e com um mês de treino já viajei para uma competição em São Paulo. Foi uma grande experiência. Ganhei o primeiro lugar nos 100m e 200m, agora já sou campeã brasileira”, destacou.

“São relatos de superação e alegria, em meio às incertezas sentidas por muitos paratletas e suas famílias, que nos fazem refletir. No próximo fim de semana, entre sábado (27) e domingo (28), centenas de praticantes do paradesporto com histórias semelhantes à da Marcela estarão participando do “Meeting BASA – Competição de paratletismo promovida pela Associação Paradesportiva do Norte – (APAN) com patrocínio do Banco da Amazônia”, que ocorre com programação no Ministério Internacional da Restauração e Vila Olímpica de Manaus, no bairro Dom Pedro, Zona Centro-Oeste de Manaus.

Com ótimas expectativas, Marcela já imagina ótimos resultados na competição. “Esse Meeting Basa veio para mostrar para o Amazonas que todos podem e são capazes de praticar um esporte. Estou preparada e ansiosa, pois c onvidei toda a minha família para conhecer o paradesporto”, concluiu.

Programação

A inscrição é gratuita e pode ser feita através de um formulário disponível no site www.apannorte.org.br . Para efetivar a inscrição na competição, é necessário que o inscrito leve, no mínimo, 2 garrafas pets de 2L no dia da oficina prática no sábado, dia 27 de Maio, às 16 na Vila Olímpica de Manaus.

Sendo assim, como forma de incentivar práticas sustentáveis, o Meeting Basa apresenta uma novidade, o participante que levar o maior número de garrafas pets ganhará um prêmio. Serão premiados o primeiro, segundo e o terceiro lugar de cada categoria da disputa com medalha e certificado de participação.

A programação será dividida em dois dias, no sábado, 27 de Maio, com o painel “Como transformar a deficiência em eficiência esportiva?” às 10h na sala do social do Ministério Internacional da Restauração – MIR, bairro Santo Agostinho, Zona Oeste, e oficina prática às 16h na Vila Olímpica de Manaus, bairro Dom Pedro, Zona Centro-Oeste. Já no domingo, dia 28, ocorrerá uma competição na pista de atletismo da Vila Olímpica a partir das 14h.

A oficina é aberta para o público em geral, tendo como alvo professores de educação física, acadêmicos, pais, atletas, paratletas e demais interessados no tema. Por outro lado, a competição é exclusiva para pessoas com deficiência (PCD’s).

Ao todo, são 300 vagas disponíveis para as modalidades: Arremesso de peso, Lançamento de dardo, Lançamento de disco, Salto em distância, Corrida, Corrida de Meio Fundo e Corrida de Fundo. As provas serão disputadas nas categorias: Sub 14, Sub 17, Sub 20 e Adulto.

Os participantes serão reunidos em tipos de deficiências –  Física motora, Física – comprometimento de membros superiores, Física – comprometimento de membros inferiores, Física – usuário de cadeira de rodas, Intelectual, Visual e Autismo sem deficiência intelectual.

Patrocínio

Contemplado por meio do edital de Patrocínio 2023 do Banco da Amazônia, o ‘Meeting Basa’ torna-se a concretização de um sonho que já estava no papel.

“A gente vem alimentando essa ideia de fazer uma competição há dois anos, mas devido ao custo envolvido, nós tínhamos até então, apoios pontuais de parceiros para aquisição de equipamentos, passagens e treinos, que em sua maioria são realizados na pista de atletismo da Vila Olímpica, cedida pela FAAR. Aí veio esse edital do Basa no ano passado, foi quando percebi que seria a oportunidade perfeita para colocarmos em prática”, explicou Thaís Castro, presidente da APAN, ressaltando a importância do  investimento do poder público na promoção de ações voltadas ao paradesporto.

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