Cumprindo agenda oficial em Brasília (DF), nesta sexta-feira, 15/3, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, esteve reunido com o ministro da Saúde (MS), Luiz Henrique Mandetta, que garantiu ainda para hoje o envio do primeiro lote de vacinas contra o vírus H1N1 para a capital do Amazonas. Ao todo, será enviado 1 milhão de doses da vacina trivalente para todo o Estado, das quais 455.083 serão destinadas para o público-alvo da capital.
Em Manaus, a Campanha de Vacinação contra a Influenza deve ser iniciada na próxima quarta-feira, 20/3, tempo para que as vacinas passem por todos os procedimentos necessários até a distribuição nas 183 salas de vacinação da Prefeitura de Manaus e nas demais salas de vacina do Governo do Estado.
Conforme o ministro Luiz Henrique Mandetta, as vacinas contra a Influenza produzidas no Brasil obedecem a um cronograma de distribuição e são resultado da coleta feita pelo Instituto Butantan das cepas virais que afetam as diferentes regiões do país neste período.
“Temos o lote inicial que, geralmente, é destinado para Estados mais ao Sul, onde tem o frio e uma quantidade maior de idosos. Em função da agressividade do vírus e da grande concentração de casos em Manaus, conseguimos, em tempo recorde, fazer a liberação no dia de hoje (sexta-feira) para capital do Amazonas”, explicou Mandetta, que destacou a colaboração da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Rio de Janeiro (RJ), na certificação das doses liberadas.
O prefeito de Manaus afirmou estar impressionado com os conhecimentos, a afabilidade e a capacidade de trabalhar do ministro Mandetta, uma vez que foi necessário, segundo ele, uma “operação de guerra” para antecipar as vacinas para a capital amazonense, de onde também serão distribuídas pelo Governo do Estado para todo o interior do Amazonas.
“Ficamos gratos pela atenção demonstrada por toda a equipe técnica do ministério e do próprio ministro. O Brasil precisa de pessoas com essa noção de cumprimento do dever e, em Manaus, cumpriremos com a nossa parte. Nos comprometemos em ficar entre as primeiras capitais a cumprirem a meta de vacinação estabelecia pelo Ministério da Saúde”, afirmou o Arthur Neto.
Desde o início do mês de março, Prefeitura de Manaus, Governo do Estado e a bancada federal amazonense fizeram um esforço conjunto para antecipar a campanha de vacinação no Amazonas.
“Desde o início, o prefeito Arthur vem mantendo esse contato com o ministério para levar a tranquilidade que a população de Manaus precisa”, disse o ministro da Saúde. Ele também chamou a atenção para a necessidade de a população contribuir com o controle da doença, tomando os cuidados preventivos, como lavar as mãos e evitar locais de grandes aglomerações. “A vacina é endereçada para os grupos de risco e leva um tempo para que os anticorpos se ativem, por isso, a população deve colaborar com a prevenção”, finalizou Luiz Henrique Mandetta.
Ao fim do encontro, o prefeito de Manaus aproveitou a oportunidade para pleitear uma possível flexibilização dos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS), que deverá ser discutida em outra audiência. “Saio feliz, conheci mais de perto essa bela figura de homem público, que demonstra estar sintonizado para a efetiva saúde da população brasileira que mais precisa”, encerrou Virgílio.
Campanha
A Prefeitura de Manaus já está estruturada para dar início à vacinação dos grupos prioritários contra a Influenza, com os servidores das 183 salas de vacina preparados para atender a demanda. Segundo o secretário municipal de Saúde (Semsa), Marcelo Magaldi, o primeiro lote de vacinas está previsto para chegar à capital amazonense neste fim de semana. “A partir do recebimento, entra em ação nossa logística para fazer a distribuição das doses para as 183 salas de vacina do município. Nossa expectativa é de iniciar a vacinação às pessoas prioritárias na próxima quarta-feira, 20/3”, disse.
Segundo a Semsa, fazem parte do grupo de risco 455.083 pessoas na capital, dos grupos preconizados pelo Ministério da Saúde. São crianças de 6 meses a 5 anos, 11 meses e 29 dias; gestantes; puérperas (até 45 dias após o parto); trabalhadores de saúde; povos indígenas; indivíduos com 60 anos ou mais de idade; a população privada de liberdade; funcionários do sistema prisional; e professores da rede pública e privada.
Também integram os grupos a receberem a vacina as pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis; as portadoras de outras condições clínicas especiais como doença respiratória crônica, doença cardíaca crônica, doença renal crônica, doença hepática crônica, doença neurológica crônica, diabetes, imunossupressão, obesos, transplantados e portadores de trissomias (Síndrome de Down, Síndrome de Edward, Síndrome de Patau, Síndrome de Warkany).
Para receber a dose da vacina, é importante levar o Cartão de Vacinação e um documento de identificação. Pessoas com doenças crônicas ou com outras condições clínicas especiais deverão apresentar, também, prescrição médica especificando o motivo da indicação da vacina. Pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do SUS deverão se dirigir aos postos em que estão registrados para receberem a dose, sem necessidade de prescrição médica. Para os profissionais do público-prioritário, basta apresentar o contracheque ou crachá.