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Venezuelanos ocupam embaixada do país em Brasília


Invasão foi anunciada por ‘embaixadora’ do opositor venezuelano, segundo a qual funcionários de Maduro teriam desertado; episódio, no entanto, não está claro nem para o governo Bolsonaro

Foto: Reprodução

Em um episódio que ainda não está claro, um grupo de funcionários da embaixada da Venezuela em Brasília teria “desertado” do governo Nicolás Maduro e permitido, pela primeira vez, a entrada de um enviado do  líder opositor Juan Guaidó na representação diplomática. A Folha de São Paulo, no entanto, informa que o prédio teria sido invadido por cerca de 20 simpatizantes de Guaidó, reconhecido pelo Brasil e mais cerca de 50 países como “presidente interino” da Venezuela.

Tomás Alejandro Silva, ministro-conselheiro da embaixada nomeado por Guaidó, teria entrado na embaixada nesta manhã, supostamente depois de ter o acesso liberado. Outros funcionários leais a Maduro, como o atual adido militar, se dirigiram imediatamente à embaixada. O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) também se encontra no local.

O Batalhão do Rio Branco, da Polícia Militar do Distrito Federal, encarregado de dar proteção às embaixadas, está na porta, mas não pode entrar devido à inviolabilidade diplomática — oficialmente, o prédio é considerado território estrangeiro.

Segundo a versão divulgada em comunicado pela embaixadora designada por Guaidó para o Brasil, María Teresa Belandria, um “grupo de funcionários” da embaixada teria entrado em contato com os representantes do governo autoproclamado para informar “que reconhecem Juan Guaidó como presidente” da Venezuela.

O grupo, segundo o comunicado, “entregou voluntariamente” a sede diplomática” da Venezuela no Brasil. Funcionários que estavam dentro da representação diplomática teriam sido notificados da ação e convidados a aderir ao movimento, “garantindo todos os direitos trabalhistas”.

A notícia da invasão da embaixada mobilizou desde cedo o governo brasileiro. O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, está neste momento com o presidente Jair Bolsonaro, em reunião no Palácio do Planalto, para tratar da questão. Uma nota a respeito do assunto será divulgada pelo Itamaraty nas próximas horas.

Fontes do governo brasileiro disseram que há dúvidas sobre como está a situação. Afirmaram que o Ministério das Relações Exteriores só foi informado sobre a situação pela manhã, “com o episódio instalado”.

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