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ZFM pode ganhar fábricas de extração de madeira

O Distrito Industrial de Cooperativas Indígenas foi elaborado pela Pró-reitoria de Extensão da Universidade (Proext),o projeto propõe alternativas de diversificação econômica para a atual estrutural da Zona Franca de Manaus (ZFM). A proposta foi apresentada,inicialmente, em março de 2018, durante o Fórum para o Desenvolvimento do Amazonas.

No projeto, o mini distrito de cooperativas é constituído de nove pequenas fábricas de produção de bens de transformação de matéria-prima regional e deverá gerar mais de 1500 empregos diretos e 300 indiretos.

As unidades fabris instaladas no mini distrito terão formato de galpões e resguardarão as exigências técnicas impostas pelas especificidades da natureza de cada setor produtivo.

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Os galpões abrigarão a sede da Federação das Cooperativas e mais 14 fábricas voltadas para atividades como a extração e beneficiamento de madeira; extração e lapidação de granito; extração de óleos vegetais; produção de vassouras de piaçava; produção de sucos de frutas, entre outras. O modelo poderá ser reproduzido em outros municípios do Amazonas, de acordo com suas vocações naturais.

O pró-reitor de Extensão, João Ricardo Bessa Freire, idealizador do projeto,afirma que a aposta na diversificação da economia, além de reduzir a dependência relativa ao PIM, promoverá melhor distribuição de renda no Amazonas. “O que se defende não é a destruição da Zona Franca de Manaus, mas a transformação do modelo econômico de monocultura prevalecente, cuja fragilidade impõe insegurança em vários aspectos como o jurídico, o financeiro e o social,não apenas para a comunidade local, mas para os que para cá vieram”, conclui o propositor.

João Ricardo Bessa Freire afirma que a proposta consiste no empreendimento de alternativas econômicas para o Amazonas. “Quando a Zona Franca de Manaus foi criada, na década de 1960, ela foi idealizada para desenvolver a Amazônia Ocidental. Investiu-se bastante em indústrias de montagem, em detrimento das atividades extrativistas. Hoje esse modelo se encontra em processo de falência.Basta lembrar que entre os objetivos da Zona Franca estavam a diminuição das desigualdades econômicas e sociais entre a capital e o interior e fixar as populações na Zona Rural para que os vazios demográficos fossem ocupados, mas depois de mais de 50 anos de existência percebemos que aconteceu justamente o contrário”, avalia o gestor.

O pró-reitor ressalta, ainda, que a diversificação da produção de bens que leve em conta o potencial da biodiversidade amazônica é a saída para promover o desenvolvimento econômico do estado. “A partir de um estudo rigoroso do potencial natural do Amazonas formulamos a proposta do mini distrito de cooperativas, cujo nome seria ‘Nipe´tirã Wahpata´se’, que na  linguagem tucana significa ‘todos ganham’”, destaca o pró-reitor.

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