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Brasil cria vagas com carteira assinada em todos setores e regiões no 1º semestre

Abertura de 1,5 milhão de postos formais foi puxada pelos serviços e teve profissionais com ensino médio como beneficiados

A abertura de mais de 1,5 milhão de vagas de trabalho com carteira assinada no primeiro semestre revelada pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) ocorreu de forma disseminada, com a criação de postos formais em todos setores de atividade e regiões para trabalhadores com todos níveis de escolaridade.

Entre os setores da economia, o destaque ficou por conta dos serviços, aquele setor que foi o mais afetado no ano passado pela pandemia do novo coronavírus e cujo estoque das vagas com carteira assinada corresponde a quase metade dos 40,9 milhões de postos de trabalhos disponíveis no país.

Conforme os dados do Ministério da Economia, o segmento responsável por quase 70% do PIB (Produto Interno Bruto) respondeu por mais de 41% (631.613) de todas vagas abertas entre janeiro e junho.

No período de seis meses, as contratações também foram maiores do que os desligamentos na indústria (340.237 novos postos), no comércio (234.209), na construção (178.606) e na agropecuária (152.496).

A abertura de vagas formais também é evidenciada pela análise territorial, com as contratações presentes em todas as macrorregiões econômicas. Entre as localidades, o maior resultado é verificado no Sudeste (160.377), fruto de 843.547 admissões e 683.180 desligamentos.

Houve ainda a criação de postos de trabalho com carteira assinada nas regiões Nordeste (48.994), Sul (42.270), Centro Oeste (35.370) e Norte (22.064). Cabe ressaltar, no entanto, que o Sudeste representa mais da metade do estoque de vagas disponíveis no país.

Escolaridade

O saldo positivo do mercado formal de trabalho também beneficiou profissionais com todos os níveis de instrução, com destaque para os mais de 1 milhão de trabalhadores contratados com o ensino médio completo, o equivalente a duas de cada três contratações formais no período (66,5%).

Segundos os dados do Caged, o resultado é fruto de 5,797 milhões de contratações e 7,776 milhões de demissões para profissionais com o segundo grau no período. Na sequência, aparecem as contratações para quem tinha ensino superior completo (864.578), fundamental incompleto (753.916), fundamental completo (655.733) e ensino médio incompleto (622.155).

Em menor proporção, aparecem as contratações de trabalhadores com ensino superior incompleto e os analfabetos, cujas contratações superaram as demissões em, respectivamente, 342.573 e 36.853 postos de trabalho com carteira assinada.

Faixa etária

As novas contratações no primeiro semestre só não foram maiores do que as demissões para os profissionais com mais de 50 anos, que amargaram o corte de quase 50 mil postos formais em 2021.

A maior perda ocorre entre os trabalhadores com 65 anos ou mais, que tiveram 35 mil vagas com carteira assinada interrompidas no período. Já entre os profissionais com idade entre 50 e 64 anos, ocorreram 14.718 demissões.

Dos postos com carteira assinada criados no primeiro semestre, mais de 71% (1.096.094) foram ocupados por profissionais com menos de 30 anos. A maior parte das contratações do período envolveram jovens com idade entre 18 e 24 anos (736.596 vagas). O número corresponde a quase metade (48%) de todas admissões formais realizadas em 2021.

Para quem tem entre 25 e 29 anos, foram registradas 253.309 admissões a mais do que demissões nos seis primeiros meses do ano. Já entre os menores de 17 anos, o saldo do mercado de trabalho formal é positivo em 106.189 postos.

Também foram mais contratados do que desligados os profissionais com idades entre 30 e 39 anos (308.383) e 40 e 49 anos (182.013), de acordo com as informações do Caged.

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