Ação que tem o objetivo de interromper as atividades de mineração ilegal iniciou no dia 22 deste mês e segue até a próxima quarta-feira (30).

A Operação Kampô coordenada pela Polícia Federal (PF), destruiu 16 dragas de garimpo ilegal nos rios Jutaí, Bóia e Igarapé Preto, no município de Jutaí, interior do Amazonas. A ação integrada contou com a participação do o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Ninguém foi preso na operação.
De acordo com a Polícia Federal, a atividade ilegal está causando danos severos ao meio ambiente e impactando diretamente na qualidade de vida das comunidades e dos povos tradicionais.
Dentre os impactos ambientais identificados, destaca-se a degradação da calha do rio Jutaí e de seus afluentes, assoreamento, lançamento de sedimentos e rejeitos contaminados por mercúrio.
Apreendidos e inutilizados:
- 16 dragas;
- 4 mil litros de combustível;
- 5 rebocadores;
- 2 embarcações regionais;
- 6 voadeiras;
- frascos de mercúrio;
- 4 motores de popa;
- 3 inversores;
- Carregador de bateria;
- 2 redes de comunicação de internet via satélite.
Durante a operação, que segue os protocolos de manejo da fauna, o Instituto de Meio Ambiente da Biodiversidade (IMBio) realizou a soltura de diversos espécimes da fauna silvestre, incluindo 4 tracajás, 2 tartarugas centenárias e um exemplar de iaçá. Os animais haviam sido encontrados em posse de garimpeiros e pertencem a espécies classificadas como ameaçadas de extinção, conforme listas oficiais de conservação.
A operação contou com o suporte da Coordenação de Aviação Operacional (CAOP) e do Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI-Amazônia), que congrega esforços dos nove Estados da Amazônia Legal Brasileira e dos outros oito países que também possuem a Floresta Amazônica em seus territórios.


