
A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) apresentou nesta sexta-feira (05), o resultado de duas ações voltadas ao combate ao crime organizado: a terceira fase da Operação Renorcrim, e a apreensão de 1,7 tonelada de drogas, ocorrida também no âmbito da Renorcrim, com o apoio do Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar do Amazonas (PMAM). Veja vídeo abaixo.
A terceira fase da Renorcrim foi deflagrada na quinta-feira (04). Ela é uma iniciativa do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretária Nacional de Segurança Pública (Senasp) e da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi), que coordena a Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento das Organizações Criminosas, da qual o DRCO integra.
A ação resultou no cumprimento de diversos mandados de prisão e de busca e apreensão, além do sequestro de bens e do bloqueio de contas bancárias pertencentes à organização criminosa investigada.
As ordens judiciais foram cumpridas em Manaus, em Tabatinga (a 1.108 quilômetros da capital) e nos estados do Ceará e Piauí. A operação contou com o apoio do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM), da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core-AM) e do COE da PMAM.
Em coletiva de imprensa, o delegado-geral da PC-AM, Bruno Fraga, destacou o êxito das duas ações realizadas simultaneamente pelo DRCO com apoio da PMAM.
“A Renorcrim foi voltada ao combate à lavagem de capitais e ao tráfico de drogas. Tivemos a prisão de dez pessoas e o bloqueio de R$ 47 milhões. Além disso, foram apreendidos três carros e R$ 100 mil em espécie”, afirmou.
Segundo o delegado-geral, em fevereiro deste ano, houve a prisão de um cidadão de nacionalidade nigeriana com 60 quilos de cocaína. Em abril, após a continuidade das investigações, o DRCO apreendeu mais 700 quilos da droga, avançando para a terceira fase da Renorcrim, apresentada nesta sexta-feira.
O delegado Mário Paulo, diretor do DRCO, explicou que o objetivo principal da Renorcrim foi desarticular uma organização criminosa envolvida no tráfico de cocaína, com atuação predominante no Amazonas.
“Com o grupo já mapeado, focamos na lavagem de dinheiro e na descapitalização da organização. Foram presas dez pessoas, sendo oito em Manaus e duas no Ceará. Apreendemos quatro veículos e uma casa no Tarumã, zona oeste, avaliada em R$ 1,75 milhão. O objetivo é fechar o ciclo da investigação e atingir os líderes, retirando deles os bens usados para fortalecer o crime”, detalhou.
A o delegado ressaltou que esta fase concentrou-se na descapitalização do grupo, atingindo diretamente o patrimônio acumulado por meio das atividades ilícitas.
Entre as medidas adotadas estão o bloqueio de R$ 38 milhões das contas dos investigados e o sequestro de bens móveis e imóveis, incluindo uma residência no bairro Tarumã, além dos quatro veículos apreendidos.
Apreensão de 1,7 tonelada de drogas
Simultaneamente à Renorcrim, o DRCO, em conjunto com o COE da PMAM, interceptou na quinta-feira (04) uma embarcação e apreendeu 1,7 tonelada de drogas do tipo skunk e pasta base de cocaína nas proximidades de Anori (a 234 quilômetros de Manaus). O prejuízo estimado ao crime organizado é de R$ 35 milhões.
De acordo com Mário Paulo, a investigação durou aproximadamente dez meses e identificou um grupo criminoso responsável pelo transporte de grandes carregamentos, utilizando escolta armada desde a região de fronteira até Manaus.
“Ao longo da semana, as equipes detectaram que o grupo havia realizado o transbordo da carga das lanchas rápidas com escolta armada para uma embarcação regional do tipo pesqueiro, na tentativa de despistar a fiscalização”, afirmou o diretor do DRCO.
Com base nas informações levantadas, equipes da COE iniciaram diligências e, na manhã desta sexta-feira, localizaram o barco pesqueiro na região de Anori. Durante a abordagem, o material entorpecente foi encontrado escondido no porão da embarcação, sob uma carga de gelo. Dois homens, de 24 e 47 anos, que estavam a bordo, foram presos e conduzidos ao DRCO para os procedimentos cabíveis.
Além da droga, a embarcação também foi apreendida. As investigações seguem em andamento para identificar outros envolvidos na organização criminosa.
O comandante da COE, major Ricardo Lemos, enfatizou o trabalho integrado da PC-AM com a PMAM, que tem resultado em apreensões expressivas ao longo do ano. “É um prejuízo gigantesco ao crime organizado. Permaneceremos sempre atuando firmemente para combater essa criminalidade”, declarou.


