Entidades sindicais alegam que o presidente colocou os brasileiros em risco por não usar máscara, promover a cloroquina e aglomerações
Uma entidade que se entitula Rede Sindical Brasileira UNISaúde, com o apoio de entidades sindicalistas como União Geral dos Trabalhadores, a Central Única dos Trabalhadores, Nova Central Sindical e Movimento dos Sem Terra, entrou neste fim de semana com recurso no Tribunal Internacional de Haia, na Holanda, contra o presidente brasileiro Jair Bolsonaro por Crime Contra a Humanidade e Genocídio.
Segundo o Dicionário Aurélio, a definição para genocídio: “crime contra a humanidade, consiste em: “com o intuito de destruir total ou parcialmente, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, cometer contra ele qualquer dos atos seguintes: matar membros seus, causar-lhes graves lesão à integridade…”.
O Tribunal Internacional de Justiça tem como principal função resolver conflitos jurídicos por países e emitir pareceres sobre questões jurídicas apresentadas ordinariamente pela Assembleia Geral das Nações Unidas ou pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Para os sindicalistas, o presidente brasileiro seria objeto dessas acusações porque não usou máscara e promoveu o uso da hidroxicloroquina durante a pandemia de Covid-19. Eles também colocam ma conta de Bolsonaro a responsabilidade pela perda de mais de 80 mil vidas de brasileiros pelo coronavírus.
Os grupos nacionais estão alinhados a organizações internacionais na operação para ingressar com a petição no tribunal de Haia como a UNI Américas e UNI Global Union, entidades que atuam em países da América Latina.
Segundo o documento, a Corte internacional deveria condenar Bolsonaro por irrresponsbilidade e insensibilidade em não proteger os brasileiros e negligente por ter como ministro da Saúde um militar há dois meses.