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AM: Índios denunciados por triplo homicídio vão a júri popular

Seis indígenas tenharins acusados de triplo homicídio irão a júri popular. Eles são acusados dos assassinatos de Luciano da Conceição Ferreira Freira, Aldeney Ribeiro Salvador e Stef Pinheiro de Souza, ocorridos em dezembro de 2013, no interior da terra indígena Tenharim-Marmelos, no município de Humaitá (a 591 quilômetros de Manaus).

A sentença para levar os réus Valdinar Tenharim, Gilvan Tenharim, Gilson Tenharim, Domiceno Tenharim, Simeão Tenharim e Aurélio Tenharim a júri popular, do juiz Charles José Fernandes da Cruz, atende pedido do promotor de Justiça Weslei Machado, e foi proferida na última sexta-feira (20).

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“O caso teve repercussão nacional pela forma como foi cometido, mediante emboscada do veículo das vítimas e mais de 150 disparos de arma de fogo. A população, revoltada, invadiu a sede da Funai, o barco dos indígenas e outros prédios públicos locais. Esse será, sem dúvida, o caso mais importante de Tribunal do Júri do sul do Amazonas”, disse o promotor.

Os seis homens foram denunciados pelo MPF-AM (Ministério Público Federal do Amazonas) em abril de 2014.

Segundo a ação penal entregue à Justiça Federal, os seis denunciados vão responder por triplo homicídio duplamente qualificado e quatro deles também serão julgados por ocultação de cadáver.

De acordo com o MP-AM (Ministério Público do Amazonas), o crime foi motivado por vingança pela morte de um dos caciques da etnia, e vitimou o técnico da Eletrobrás Aldeney Salvador, o professor Stef Pinheiro e o comerciante Luciano Freire

As investigações concluíram que as vítimas foram assassinadas a tiros no dia 16 de dezembro de 2013, dentro do veículo no qual seguiam em viagem pela Rodovia Transamazônica (BR-230) com destino ao município de Apuí (a 455 quilômetros de Manaus).

Os corpos foram ocultados por parte dos denunciados e só foram encontrados no dia 3 de fevereiro de 2014.

Na época, o caso teve repercussão nacional e houve protestos e ameaças por parte da população contra a comunidade indígena após os assassinatos.

Manifestantes atearam foto em carros e no posto da Funai em Porto Velho (RO) e afundaram um navio usado para atendimento às populações indígenas.

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