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Amazonas importou R$1,9 bilhão dos EUA; saiba quais os insumos que mais chegaram ao estado

As importações dos Estados Unidos para o Amazonas totalizaram R$ 1,9 bilhão (valor FOB, que considera os custos até a saída da mercadoria do local de origem) no último trimestre de 2024, segundo dados do Comex Stat, plataforma oficial do Governo Federal que monitora o comércio exterior brasileiro.

Entre os insumos mais importados, o gasóleo (óleo diesel) lidera, somando R$ 610,6 milhões. Em seguida aparecem plásticos, com R$ 664 milhões; derivados de ferro fundido, ferro ou aço, R$ 1,8 milhão; máquinas e aparelhos mecânicos, R$ 70,7 milhões; máquinas e aparelhos elétricos, R$ 48,4 milhões; e instrumentos de óptica e precisão, R$ 13,8 milhões.

Desafios e concorrência asiática

Apesar do volume expressivo, o Amazonas também mantém uma forte dependência de importações da Ásia. No mesmo período, as compras de países como China e Coreia do Sul totalizaram cerca de R$ 24,4 bilhões.

Essa concentração no comércio com parceiros asiáticos destaca os desafios de diversificar fornecedores, sobretudo diante de tensões comerciais e de um dólar valorizado, que afetam a competitividade regional.

Além disso, mudanças em acordos bilaterais podem restringir o acesso a insumos essenciais, forçando empresas locais a buscar alternativas mais caras e menos eficientes, agravadas pelos custos logísticos em mercados como Ásia e Europa.

Dependência de insumos americanos e incertezas políticas

Os insumos americanos, como plásticos, ferro fundido e equipamentos de precisão, são cruciais para a produção industrial da Zona Franca de Manaus (ZFM). Esses materiais alimentam setores estratégicos, como eletroeletrônicos e bens industrializados, e reforçam a integração do Amazonas ao comércio global.

Contudo, o retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos em 2025 reacende incertezas. Em uma declaração recente, Trump reiterou seu posicionamento protecionista:

“Vamos parar de taxar nossas famílias e taxar países estrangeiros.”

Embora vaga, a afirmação levanta preocupações no mercado. Analistas avaliam que isso pode significar a imposição de novas tarifas sobre produtos adquiridos de outros países ou até mesmo o aumento dos preços de mercadorias fornecidas pelos EUA, incluindo os insumos essenciais para a ZFM.

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