
O Amazonas apresentou uma redução nos casos e mortes por vírus respiratórios em 2025, segundo o último Informe Epidemiológico da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), divulgado nesta segunda-feira (19). Apesar da queda, as autoridades de saúde seguem em alerta, especialmente pela vulnerabilidade de idosos e crianças pequenas.
Conforme o levantamento, entre 1º de janeiro e 19 de maio de 2025, o Estado registrou 1.487 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associada a vírus respiratórios — uma redução de 31,3% em relação ao mesmo período de 2024, que teve 2.163 notificações.
As mortes também diminuíram: foram 31 óbitos em 2025 contra 40 no ano anterior, representando queda de 22,5%. As principais causas das mortes foram Covid-19 (20), influenza A (8), influenza B (2) e parainfluenza (1).
Idosos seguem como grupo mais vulnerável
Apesar da diminuição geral, a maior parte dos casos graves nas últimas três semanas (27 de abril a 17 de maio) ocorreu em pessoas com 60 anos ou mais (41%), seguidas por adultos de 40 a 59 anos (21%), bebês com menos de 1 ano (20%), crianças de 1 a 4 anos (9%), de 5 a 9 anos (4%), jovens de 10 a 19 anos (4%) e adultos de 20 a 39 anos (2%).
A vacinação continua sendo a principal estratégia para conter a disseminação dos vírus respiratórios, especialmente a Covid-19 e a influenza. Os imunizantes estão disponíveis nas unidades de saúde para os grupos prioritários, como idosos, crianças e pessoas com comorbidades.
Prevenção e cuidados contínuos
A secretária de Estado da Saúde, Nayara Maksoud, destacou que a redução é fruto de um esforço conjunto entre vigilância e assistência, com destaque para o trabalho das 17 unidades estaduais de referência no atendimento de SRAG.
Ela ressaltou ainda o programa Alta Oportuna, que entrega medicamentos e orientações após a alta hospitalar de crianças, contribuindo para evitar a superlotação das emergências.
Já a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, reforçou a importância da continuidade das medidas preventivas, como higienização frequente das mãos, etiqueta respiratória e uso de máscaras por pessoas sintomáticas ou que pertençam a grupos de risco.