Exploração ilegal de ouro atraiu dezenas de balsas e dragas para a região do rio Madeira. Vice-presidente afirmou que Polícia Federal e Marinha preparam operação.

Os garimpeiros que estão no Rio Madeira, na região de Autazes, no interior do Amazonas, ameaçam revidar a ação de autoridades que tentem removê-los do local. As mensagens foram trocadas em um grupo de garimpeiros nesta quinta-feira (25), logo após o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmar que a Marinha e a Polícia Federal vão retirar as centenas de balsas de garimpeiros instaladas no meio do Rio Madeira, na altura do município amazonense de Autazes, a aproximadamente 120 km de Manaus.
Na internet, os garimpeiros também postam vídeos para mostrar como as dragas funcionam. Elas utilizam longas mangueiras, que são lançadas até o leito do rio. Geradores fazem com que elas suguem a terra e tudo o que encontram no fundo. O material é levado até a balsa e passa por uma esteira, onde é filtrado para seleção do ouro e devolvido à água.
O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), que é um órgão estadual, afirma que quem deve fiscalizar e impedir a extração de minério no Rio Madeira é o governo federal. De qualquer forma, o instituto já se reuniu com o Ibama e a Polícia Federal para planejar ações. A PF informou que estratégias estão sendo estabelecidas para interromper a ação dos garimpeiros, mas até agora, eles continuam atuando livremente.
O Ipaam afirma que atividades de exploração mineral na região não estão licenciadas, portanto, são irregulares. O Ministério Público Federal também confirmou que a extração de ouro na região do rio madeira é ilegal.