O vice-presidente da República e presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal, Hamilton Mourão, mencionou nesta quinta-feira (25) a hipótese do narcotráfico estar operando junto aos garimpeiros instalados no Rio Madeira, a cerca de 120 km de Manaus.
“Temos tido vários informes de que, para proteger suas rotas, o narcotráfico, essas quadrilhas que agem no centro-sul do país, subiram para lá. E uma das formas de se manterem é apoiando ações dessa natureza. Até porque, o ouro extraído ilegalmente é um ativo que eles podem trocar por drogas”, afirmou o vice-presidente após informar que uma grande operação com a Marinha e a Polícia Federal está em andamento para retirar os garimpeiros do rio.
Ele disse que o Rio Madeira sempre foi alvo da cobiça de quem procura ouro no Amazonas. “Esta movimentação ocorre todos os anos. Normalmente, eles ficam mais juntos à cidade de Humaitá. Este ano deve ter aparecido ouro mais ali perto de Autazes e eles se concentraram lá.”
Mourão já havia dito ontem (24), durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, que há suspeitas de que parte das embarcações usadas no garimpo ilegal no Rio Madeira são utilizadas também por narcotraficantes, para transportar drogas.