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Ao anunciar a ex-presidente Dilma Rousseff como a nova presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), a instituição com sede em Xangai não mencionou o fato de a brasileira ter sofrido impeachment e tirada da Presidência da República.
Segundo o comunicado, Dilma foi “eleita presidente da República Federativa do Brasil por dois mandatos consecutivos”. “Antes, nos dois primeiros governos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ela foi ministra de Minas e Energia e ministra Chefe de Gabinete, cargo que ocupou até 2010”, disse.
“Durante este período, presidiu o Conselho de Administração da Petrobras, a maior e mais importante empresa brasileira”, afirmou o banco, sem referências aos escândalos de corrupção na estatal. O perfil da nova chefe do banco tampouco apresenta dados sobre a crise econômica vivida pelo Brasil a partir de 2013.
“Como presidente do Brasil, Dilma Rousseff concentrou sua agenda em garantir a estabilidade econômica do país e a criação de empregos”, informou.
“Além disso, durante seu governo, a luta contra a pobreza foi priorizada, e os programas sociais iniciados sob os mandatos do Presidente Lula da Silva foram ampliados e reconhecidos internacionalmente. Como resultado de um dos mais processos de redução da pobreza na história do país, o Brasil foi retirado do Mapa da Fome da ONU”, afirmou.
“Internacionalmente, ela promoveu o respeito pela soberania de todas as nações e a defesa do multilateralismo, do desenvolvimento sustentável, dos direitos humanos e da paz. Sob seu governo, o Brasil esteve presente em todos os fóruns internacionais de proteção climática e ambiental, culminando com a participação decisiva na realização do Acordo de Paris”, apontou.
“Dilma Rousseff ampliou significativamente a cooperação com vários países da América Latina, África, Oriente Médio e Ásia”, indicou o banco. “Em julho de 2014, ela participou com os países BRICS da criação do Novo Banco de Desenvolvimento”, completou.
