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Aumento no preço do combustível provoca corrida aos postos e Procon-AM fiscaliza

A reoneração do preço dos combustíveis com a volta dos impostos do Cide e PIS/Cofins provocou uma corrida aos postos em Manaus, nesta quinta-feira (2). Onde a gasolina ou o álcool eram vendidos a preços antes do reajuste os motoristas fizeram fila para encher o tanque. A reoneração parcial foi de R$ 1, representando 194% além do esperado.

Na avenida Coronel Teixeira, na Ponta Negra, o Posto BR ainda vendia a gasolina a R$ 5,59 (foto). A 100 metros adiante, um posto da rede Atem, preço já era de R$ 6,59.

Por conta dessa cobrança, o Instituto Estadual de Defesa do Consumidor do Amazonas (Procon-AM) intensificou hoje a fiscalização nos postos da capital amazonense e no interior do estado, após inúmeras denúncias da população por meio do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC), redes sociais e e-mails do órgão.

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Na terça-feira (28), o governo Lula anunciou a retomada parcial da cobrança dos impostos, que não eram cobrados desde maio de 2022, sobre alguns combustíveis, a fim de recompor o orçamento público.

Com a reoneração parcial, o litro da gasolina deveria ficar R$ 0,34 mais caro nos postos de todo o país. Entretanto, em Manaus, os consumidores foram surpreendidos com um aumento de R$ 1 sobre o litro, representando R$ 0,66 a mais do que o previsto, ou 194%, em termos percentuais.

A equipe de fiscalização registrou o litro da gasolina aditivada vendido a R$ 6,49 em um posto na zona centro-sul da capital. O posto recebeu Auto de Infração por não apresentar notas fiscais justificando o valor de compra e venda do combustível ao preço final cobrado ao consumidor amazonense.

“O Procon-AM está realizando blitze nos postos em toda a capital e no interior do estado ao longo da semana devido ao aumento de R$ 1,00 em média no valor do combustível. Estamos realizando Auto de Infração, pois a maioria dos postos não apresentaram às nossas equipes as notas fiscais de aquisição e venda que justifiquem o aumento, e por esse motivo foram autuadas. Os empresários terão o prazo legal para apresentar sua defesa. O órgão está nas ruas e não vai permitir que haja abusividade”, afirmou o diretor-presidente do Procon-AM, Jalil Fraxe.

O Procon-AM esclarece à população amazonense que não é o responsável pela regulação dos valores de revenda do combustível no estado, uma vez que não há tabelamento ou limites máximos para prática de venda de produtos.

Ainda assim, o órgão de defesa vem acompanhado com atenção os preços praticados por postos de combustíveis, fiscalizando e emitindo Autos de Infração, com o intuito de municiar o Ministério Público, a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) ou o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) com as informações necessárias para a apuração de infrações aos direitos do consumidor e à livre concorrência.

Denúncias

Os consumidores que se sentirem lesados devem formalizar denúncia por meio do telefone (92) 3215-4009 e 0800 092 1512 ou pelo e-mail fiscalizacaoprocon@procon.am.gov.br. Podem ainda comparecer ao Procon-AM, localizado na avenida André Araújo, 1.500, bairro Aleixo, de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h.

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