
O Carnaval é um período que vai muito além de festa e folia. Em Manaus, representa também trabalho, renda e sustento para mais de 20 mil ‘fazedores’ de cultura, dentre eles, em média, 10 mil artesãos envolvidos no preparo de alegorias e fantasias.
O Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, impulsiona o desenvolvimento econômico dos trabalhadores culturais nas comunidades com os recursos destinados às escolas de samba.
Nos barracões das agremiações, trabalham diversos profissionais, de corte e costura, artesanato, produtores de adereços entre outros. A maioria vive e constituiu família na comunidade de origem da escola de samba.
O secretário de Cultura, Marcos Apolo Muniz, assinala que festividades como o Carnaval garantem a movimentação da economia criativa e alcançam produtores culturais dentro das comunidades.
“Investir no Carnaval oportuniza inúmeros empreendedores, artistas locais e artesãos, que contam com esse período para aumentar a renda”, afirma o secretário.
Amor e ofício

A artesã Lúcia do Carmo, 53, enfatiza que o trabalho artesanal, durante o Carnaval, garante ganho financeiro e, além disso, representa bem-estar e amor.
“Eu trabalho por amor à escola e também porque preciso, representa um ganho financeiro. Esse trabalho para mim é uma terapia, me anima, ocupa meu tempo e tira o estresse do dia a dia. Eu gosto de coração de trabalhar com fantasia de Carnaval”, diz a artesã, que trabalha há 15 anos na escola Reino Unido da Liberdade.
A data também reforça o orçamento do artista Pedro Batista, 53, que trabalha há 14 anos com produções culturais e artesanato.
“O Carnaval gera emprego e renda para quem trabalha com artesanato. É uma data que aguardamos ansiosos e, com certeza, aumenta nossa renda”, diz o artista.