A Justiça do Amazonas concluiu nesta sexta-feira (8), a audiência de instrução e julgamento dos seis réus acusados pela morte do sargento do Exército Lucas Ramon Silva Guimarães, em Manaus, ocorrida em setembro de 2021.
Lucas, proprietário de uma cafeteria na Praça 14, Zona Sul da capital, foi morto por Silas Ferreira da Silva, que entrou no estabelecimento e efetuou três disparos na cabeça do sargento. O sargento chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu horas depois.
A audiência teve início na quinta-feira (7), quando o juiz Fábio Alfaia ouviu oito testemunhas de acusação e defesa. No segundo dia, o réu Silas Ferreira da Silva, que participou via videoconferência, respondeu apenas às perguntas de sua defesa e negou envolvimento no crime.
Em seguida, Joabson Agostinho Gomes foi interrogado presencialmente, também negando ter encomendado o assassinato e optando por responder apenas às perguntas da defesa.
Outros réus — Romário Vinente Bentes, Kayanne Castro Pinheiro dos Santos, Kayandra Pereira Castro e Kamylly Tavares da Silva — foram ouvidos na sequência e adotaram a mesma estratégia de responder apenas às perguntas de suas defesas.
A audiência encerrou-se por volta das 12h. O Ministério Público tem agora cinco dias para apresentar suas alegações finais por escrito. Após essa etapa, a defesa dos réus também apresentará suas considerações, e o juiz avaliará se há provas suficientes de materialidade e autoria do crime para pronunciar os envolvidos.
Caso pronunciados, os réus irão a julgamento pelo Tribunal do Júri – júri popular.
Relembre o caso
O crime contra Lucas Guimarães aconteceu no dia 1ª de setembro de 2021, quando o sargento foi assassinado no momento em que fechava a cafeteria da qual era proprietário, no bairro Praça 14, Zona Sul de Manaus.
Um homem identificado como Silas Ferreira da Silva, entrou no local e executou Lucas com disparos de arma de fogo. O militar foi atingido por três tiros na cabeça, chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu horas depois.
Jordana e Joabson foram detidos dias após o crime e permaneceram presos até novembro, quando conseguiram um Habeas Corpus que revogou a prisão temporária do casal, concedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Em fevereiro de 2022, o casal voltou a ser preso em uma operação deflagrada pela Polícia Civil relacionada ao crime. Em 19 de fevereiro, deixam a prisão pela segunda vez após decisão da Justiça.
Em janeiro de 2024, o Tribunal de Justiça do Amazonas rejeitou a denúncia do Ministério Público contra Jordana Azevedo Freire, que respondia em liberdade pelo processo.