
Autoridades do governo francês admitiram preocupação com a epidemia de dengue que já passou de 2 milhões de casos e matou mis de 680 no Brasil, por causa da visita do presidente Emmanuel Macron, na próxima semana. Ele desembarcará na tarde desta terça-feira (26), vindo da Guiana Francesa, um departamento ultramarino que faz parte da floresta amazônica.
A convite do presidente Lula da Silva, Mácron passará três dias no país e visitará três lugares que vivem uma situação de emergência por surto de dengue: Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.
O presidente francês passará a quinta-feira (28), em compromissos no Distrito Federal, que tem o mais grave surto de dengue do Brasil no momento.
Ao ser questionada sobre o assunto, uma importante autoridade francesa, que falou sob a condição de ter sua identidade preservada, disse que sim havia motivo para preocupação e cuidados, embora não tenha certeza de que o próprio Macron esteja ciente da gravidade dos casos.
Além de medidas de praxe relativas à segurança, os governos da França e do Brasil trataram de restrições alimentares do chefe de Estado francês e de desejos específicos como fazer uma caminhada na Avenida Paulista.
O Palácio de Eliseu comunicou ao Itamaraty que Macron tem costume de fazer atividades assim quando viaja ao exterior e gosta da prática esportiva.
Os preparativos mobilizaram o escritório de Macron, a embaixada e consulados franceses no Brasil, além do Palácio do Planalto e do Itamaraty.
Entrou no radar das autoridades de Paris o risco de contrair a dengue e outras doenças transmitidas por mosquitos no Brasil, como febre amarela e malária, comuns sobretudo na Região Norte – a última é mais frequente em áreas remotas. Todas tendem a ser potencializadas no período de chuvas do inverno amazônico.
O primeiro compromisso de Macron será em Belém, no Pará, onde circulará por ambientes abertos e fechados. Com Lula, ele irá tomar um barco e se deslocar até a Ilha do Combú para conhecer o cultivo de cacau e conversar com lideranças ribeirinhas e indígenas.