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Empresas chinesas apostam no Brasil com R$ 27 bilhões e Manaus entra no mapa estratégico

O Brasil receberá R$ 27 bilhões em investimentos de empresas chinesas nos próximos anos, com foco em setores como semicondutores, energia, delivery, fast-food, transporte e automóveis. Uma parte desse montante será destinada ao Polo Industrial de Manaus, conforme anunciado pela ApexBrasil no Seminário Empresarial Brasil-China, realizado em Pequim nesta segunda-feira (12).

O acordo de redução temporária de tarifas entre China e Estados Unidos, com duração de 90 dias, também tem gerado expectativas para o Brasil, especialmente na disputa por mercados estratégicos na América Latina.

Aderson Frota, Presidente da Fecomércio-AM destaca que o Amazonas é um ponto estratégico para esses investimentos, com seu grande potencial mineral e florestal, mas alerta sobre a necessidade de regulamentação para garantir que esses aportes beneficiem a economia local.

“Os investimentos podem nos beneficiar, mas precisamos criar regras claras para garantir que eles se processem em proveito da nossa economia e das nossas riquezas minerais, florestais e hídricas.”

Expansão em semicondutores, delivery e veículos elétricos

Além disso, a Longsys, empresa chinesa de tecnologia, anunciou no ano passado investimentos de R$ 650 milhões entre 2024 e 2025 para ampliar suas operações em São Paulo e Manaus.

A Zilia, sua subsidiária, reforçará a fabricação nacional de semicondutores, um mercado que está crescendo rapidamente no Brasil, especialmente com a produção de componentes como DRAM e Flash.

A GWM e a GAC Motor reforçarão a produção de veículos elétricos e híbridos no Brasil, enquanto a Didi, controladora do 99 Táxi, instalará 10 mil pontos de recarga para veículos elétricos.

A Meituan, gigante chinesa de delivery, investirá R$ 5,6 bilhões no Brasil, com previsão de criação de até 4 mil empregos diretos.

A Mixue, maior rede de fast-food do mundo, também começará operações no Brasil com um investimento de R$ 3,2 bilhões e a geração de 25 mil empregos até 2030.

“A demanda das famílias e das empresas, especialmente na parte de alimentação, está em crescimento, e essa nova concorrência deve impulsionar ainda mais essa área”, completa o Economista.

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