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Escola que sofreu massacre em Suzano volta a receber alunos hoje

A Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, volta a receber alunos nesta terça-feira (19), em atividades de acolhimento. Segundo a Secretaria Estadual da Educação, o acolhimento dos alunos começa às 10h, com um café da manhã.

Equipes do Governo de São Paulo e da Prefeitura de Suzano prepararam uma série de atividades de acolhimento e atendimentos especializados. Todas as atividades serão livres para quem quiser participar.

Para os estudantes, serão oferecidas atividades esportivas, artísticas e rodas de conversas. Também haverá atendimento psicossocial especializado para funcionários, alunos e familiares que desejarem com equipes do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) da Prefeitura, psicólogos da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP), USP, entre outras instituições.

O encerramento da ação está previsto para as 16h. Segundo a secretaria, a definição sobre a data de retomada das aulas será feita pela direção da escola nesta semana.

Alunos de outras escolas estão na frente da Escola Raul Brasil para levar apoio aos estudantes.

Em coletiva na última semana, o secretário estadual de Educação, Rossieli Soares da Silva, afirmou que será respeitado o tempo de luto de cada um. O local foi palco de um massacre que deixou dez mortos na última quarta-feira (13).

Nesta segunda-feira (18), a escola recebeu funcionários, que contaram com apoio de psicólogos e atividades de acolhimento.

A Secretaria Estadual da Educação informou que 30 professores e 10 funcionários de diversas áreas foram até a escola voluntariamente para participar das atividades de acolhimento e foram recebidos por equipes multidisciplinar que prestaram apoio psicológico.

Além disso, 227 famílias passaram pela unidade na segunda-feira, de acordo com a secretaria.

Secretarias do Governo de São Paulo, além de profissionais do Instituto de Psicologia da USP, Unicamp, Centros de Atenção Psicossocial (Caps) da Prefeitura, entre outras instituições, atuaram no local.

Alunos puderam entrar no prédio da escola para pegar seus pertences, que ficaram no local desde o dia do massacre.

De acordo com o cronograma divulgado pela Secretaria Estadual de Educação, serão realizadas atividades livres para apoio psicológico, oficinas, terapia em grupo, rodas de conversa, depoimentos e compartilhamento de boas práticas.

Ainda segundo a secretaria, para dar todo o suporte aos professores e servidores da escola as equipes técnicas de especialistas do Governo de São Paulo e da Prefeitura de Suzano estarão na unidade ao longo de toda a semana.

Com o objetivo de mudar o ambiente escolar, a estrutura interna foi pintada e revitalizada pela Secretaria da Educação, com o apoio da comunidade escolar.

“Precisamos respeitar o espaço, o tempo de cada um, funcionários, alunos, família, no seu processo de luto na sua forma de condução. Como dar apoio, em que momento vai ser mais apropriado? O tempo vai dizer”, disse o secretário estadual de Educação, Rossieli Soares da Silva.

O ataque

Os assassinos de 17 e 25 anos mataram sete pessoas na Escola Estadual Raul Brasil, na quarta-feira (13). Um deles baleou e matou o próprio tio, em uma loja de automóveis.

A investigação aponta que, depois do ataque na escola, um dos assassinos matou o comparsa e, em seguida, se suicidou. A polícia diz que os dois tinham um “pacto”, segundo o qual cometeriam o crime e depois se suicidariam.

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