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“Faltam 48 votos para a aprovação da reforma da Previdência”, disse o ministro da Economia


Guedes disse que o presidente “fará sua parte” para garantir a aprovação. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que falta garantir mais 48 votos para a aprovação do projeto de reforma da Previdência na Câmara. Em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo, o ministro informou que o mapeamento do governo indica que 160 deputados já declararam publicamente apoio à mudança nas regras de aposentadoria. Outros 100, segundo ele, já indicaram ao Palácio do Planalto que votarão a favor da reforma.

O ministro afirmou também que o presidente Jair Bolsonaro “fará sua parte” para garantir a aprovação da reforma da Previdência ainda neste ano.
Guedes disse que o presidente “fará sua parte” para garantir a aprovação. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

A informação do ministro, publicada no Broadcast na tarde de sexta-feira, teve efeito imediato na Bolsa de Valores. O índice Ibovespa, que operava em leve alta, acelerou o ritmo e fechou em alta de 1,09%, aos 95.364 pontos. Questionado no final da tarde sobre a questão dos votos, o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, disse não ter conhecimento sobre o mapeamento dos votos.

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Guedes advertiu também na entrevista que promover mudanças na reforma de modo a reduzir a economia para menos de R$ 1 trilhão em dez anos é “assaltar as gerações futuras” e condicionou qualquer alteração no texto a compensações. Segundo Guedes, economia abaixo desse patamar pode comprometer a implantação do novo regime de capitalização, que será oferecido aos novos entrantes no mercado de trabalho.

Serra quer que Guedes abra cálculos da reforma

O tucano José Serra (SP) protocolou requerimento ao ministro da Economia, Paulo Guedes, solicitando a memória de cálculo (discriminação detalhada) da proposta de reforma da Previdência. O governo divulga uma estimativa de economia de R$ 1,1 trilhão, mas não explica como chegou ao valor. O senador acredita que a divulgação dos dados dará maior transparência ao debate. Assim que o pedido for encaminhado, Guedes terá 30 dias para responder. A negativa pode ser classificada como crime de responsabilidade fiscal, diz a Constituição.

No requerimento, Serra, ex-ministro do Planejamento, pede que Guedes explique “separadamente as premissas e hipóteses” adotadas para os cálculos referentes ao Regime Próprio e ao Geral.

Moro e Guedes indicam nomes para vagas abertas no Cade

Com cinco vagas a serem abertas no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) até outubro, o governo começa a definir os próximos conselheiros que serão indicados para o órgão. Já estariam na Casa Civil dois nomes para serem avaliados: o do economista carioca Leonardo Bandeira Rezende e o do advogado paranaense Vinícius Klein. O primeiro é uma indicação da equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes; o segundo, do ministro da Justiça, Sérgio Moro.

Também é cotado para o órgão o economista Sérgio Aquino, que já foi economista-chefe do Cade e é visto com bons olhos pela equipe de Guedes. Ganhou força ainda a recondução do atual superintendente-geral Alexandre Cordeiro, cujo mandato vence em outubro.

Com Agência Brasil

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