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Governo do Amazonas contesta informação que White Martins alertou sobre possibilidade de faltar oxigênio

Empresa multinacional é a maior fornecedora de gás medicinal do mundo

A Secretaria de Estado da Saúde (SES-AM) contestou na tarde desta terça-feira (15), a informação de que a empresa White Martins tenha alertado o Governo do Amazonas sobre a possibilidade de desabastecimento de oxigênio no Estado.

A negativa veio após a empresa dizer que enviou uma carta ao governo do Amazonas no dia 16 de julho de 2020 mostrando que o estoque de oxigênio fornecido pela empresa ao estado não suportaria um colapso na saúde pública, como aconteceu em janeiro de 2021.

O documento foi discutido na sessão da CPI da Covid nesta quarta-feira (15), durante o depoimento do ex-secretário de saúde Marcellus Campelo. E negado pelo mesmo.

Ainda segundo a SES-AM , em duas oportunidades, nos meses de julho e novembro de 2020, a White Martins solicitou à SES-AM aditivo contratual do serviço prestado. Os pedidos foram para “o acréscimo nos volumes contratados de 25% nos termos da lei”, o que significa solicitação de aumento no limite, que possibilita a legislação, em relação à ampliação dos valores de contratos para qualquer fornecedor público.

Consumo de oxigênio – Dados da Secretaria Estadual de Saúde e da empresa White Martins mostram que o consumo de oxigênio na rede estadual em 13 de março de 2020, dia em que foi confirmado o primeiro caso de Covid-19 no Amazonas, foi de 13.367 metros cúbicos.

Entre janeiro e março de 2020, a demanda de oxigênio se manteve estável em 12,5 mil metros cúbicos por dia. Já entre abril e maio, durante o primeiro pico da pandemia, o consumo chegou a 30 mil metros cúbicos por dia, o que foi atendido pela empresa fornecedora do insumo.

Entre o mês de junho e 20 de dezembro, com base no monitoramento da White Martins, a demanda se manteve estável, com média de consumo de 15,5 mil metros cúbicos por dia.

Apenas a partir do dia 20 de dezembro de 2020 até o dia 4 de janeiro de 2021, passou a ser registrado aumento no consumo e, a partir do dia 5, o aumento tornou-se exponencial, chegando ao pico diário no dia 14 de janeiro, com consumo de 79 mil metros cúbicos nesse dia.

Trecho do conteúdo divulgado pela White Martins – No documento, o gerente executivo de negócios da empresa, Petrônio Bastos, assim escreveu:

“Avaliando os volumes [de oxigênio] contratados por Vossas Senhorias, já pudemos constatar que os mesmos não suportarão o consumo que atualmente estão praticando. Por outro lado, preocupa-nos que, neste momento excepcional, de tão alta demanda, há possibilidade de termos que tomar a difícil decisão de atender os clientes em seus limites, prazos e condições comerciais contratadas”, escreveu.

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