O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou nesta sexta-feira (15) a criação de um plano especial de implantação permanente das Forças Armadas para a defesa do país, para combater o que chamou de uma possível ameaça intervencionista dos EUA.
Maduro acusa os Estados Unidos de tentar forçar uma intervenção militar no país, com a ajuda da Colômbia.
“Temos um poder militar com um nível ótimo para defender o país, e hoje as Forças Armadas estão desempenhando um papel tão importante quanto na fundação da República”, disse ainda o presidente.
Novas sanções
Nesta sexta os EUA voltaram a aplicar novas sanções contra integrantes do governo de Maduro, desta vez tendo como alvos cinco funcionários da inteligência e segurança próximos ao presidente.
Os Estados Unidos foram o primeiro país a reconhecer o líder da oposição e da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, como presidente interino da Venezuela, em 23 de janeiro.
Essa não é a primeira medida tomada pelos Estados Unidos para apoiar Guaidó, que pretende organizar um governo de transição e convocar eleições gerais.
O governo americano bloqueou os ativos da petrolífera da Venezuela, a PDVSA, nos Estados Unidos, e proibiu que norte-americanos façam negócios com companhia venezuelana.
Na terça, Maduro voltou a afirmar que Guaidó é parte de um “plano golpista” orquestrado pelo governo de Donald Trump durante uma entrevista à BBC.
“É uma guerra política do império americano, da extrema direita e da Ku Klux Klan que hoje governa a Casa Branca para se apoderar da Venezuela”, afirmou.