Portal Você Online

Manaus não entra no ranking das 100 cidades com melhor mobilidade do Brasil; mas avança

A capital amazonense ficou fora do ranking das 100 cidades brasileiras com melhor mobilidade urbana, de acordo com o Ranking Connected Smart Cities 2024.

O levantamento, realizado pela Urban Systems, avalia diversos indicadores que refletem a qualidade do transporte público, infraestrutura viária, oferta de modais alternativos e tecnologia aplicada ao trânsito.

A ausência de Manaus na lista evidencia grandes desafios na mobilidade urbana, como a baixa oferta de transporte coletivo, frota envelhecida, congestionamentos e falta de integração entre modais, pela inexistência de mais de um transporte de massa.

Esses fatores impactam diretamente a qualidade de vida da população, tornando os deslocamentos mais demorados e ineficientes.

Avanços tecnológicos recentes em Manaus

Apesar do cenário, algumas medidas foram implementadas nos últimos anos para tentar amenizar os problemas de mobilidade urbana em Manaus:

• Semáforos inteligentes: Desde 2023, Manaus começou a implantar semáforos inteligentes. Atualmente, 43 equipamentos estão em operação, monitorando o fluxo de veículos e ajustando automaticamente o tempo dos sinais. O sistema é operado pelo Centro de Cooperação da Cidade (CCC), permitindo ajustes em tempo real.

• Bilhetagem eletrônica: O sistema PassaFácil permite o pagamento de passagens com cartões específicos, reduzindo o uso de dinheiro e agilizando o embarque. Mais recentemente, o PagaFácil foi lançado, permitindo o pagamento via cartão de crédito, débito e dispositivos NFC.

Na semana passsada, o prefeito da capital azonense, Davi Almeida disse que Manaus pode ter R$ 600 bilhões em investimentos para a mobilidade urbana. Este é o valor projetado para as 21 maiores regiões metropolitanas brasileiras.

O estudo contempla as regiões metropolitanas de Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Santos, Campinas, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vitória, Goiânia, Distrito Federal, Salvador, Maceió, Recife, João Pessoa, Natal, Teresina, São Luís, Fortaleza, Belém e Manaus.

Entre os transportes de média e alta capacidade estão trens, metrô, veículos leves sobre trilhos (VLT) e bus rapid transit (BRT). O objetivo do estudo, que tem uma perspectiva de longo prazo, é ajudar a elaborar a Estratégia Nacional de Mobilidade Urbana, para promover a parceria da União com as regiões metropolitanas e viabilizar projetos, além de impulsionar investimentos em mobilidade urbana nas cidades.

O prefeito também anunciou no dia 12 deste mês, que serão investidos R$ 40 mil, por veículo, na modernização do transporte complementar, e R$ 30 mil, por veículo, na atualização da frota de táxis que operam no aeroporto Eduardo Gomes.

Esses veículos serão adquiridos por meio do Fundo Municipal de Fomento à Micro e Pequena Empresa (Fumipeq), administrado pela Secretaria Municipal de Trabalho, Empreendedorismo e Inovação (Semtepi).

No total, 320 ônibus do transporte complementar, popularmente conhecidos como “amarelinhos”, serão substituídos por modelos mais modernos e eficientes, garantindo segurança e conforto para os usuários do sistema. Já os 100 novos táxis de turismo vão impulsionar o setor na capital amazonense e fortalecer a economia local.

Principais desafios da mobilidade em Manaus

Os indicadores analisados no ranking mostram pontos críticos que prejudicam a mobilidade urbana na capital amazonense:

• Baixa oferta de transporte coletivo: Em Manaus, há apenas 17 ônibus ou micro-ônibus para cada 1.000 veículos automotores, um dos piores índices entre as capitais do país. Esse dado indica uma forte dependência do transporte individual, o que sobrecarrega as vias e aumenta os congestionamentos.

• Frota envelhecida: O transporte coletivo opera com uma frota cuja idade média é de 8,9 anos. Em cidades que se destacam em mobilidade, como Curitiba e São Paulo, essa média é inferior a cinco anos. Veículos antigos são mais poluentes, menos eficientes e oferecem menos conforto à população.

• Infraestrutura precária para bicicletas: O incentivo a meios de transporte alternativos é um fator-chave para cidades inteligentes. No entanto, Manaus possui apenas 3,2 km de ciclovias para cada 100 mil habitantes, um dos menores índices do país. Para efeito de comparação, Florianópolis tem 44,68 km na mesma proporção.

mobilidade urbana,transporte público em Manaus,ranking Connected Smart Cities,trânsito em Manaus,ciclovias Manaus,transporte coletivo,inovação em mobilidade,IMMU.
Recorte Mobilidade do Ranking Connected Smart Cities, realizado pela Urban Systems.

Notícias Relacionadas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *