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Médicos intensivistas precisam estar preparados para situações de muita gravidade

A busca por especialistas em Medicina Intensiva no país é crescente. De outro lado, profissionais procuram se aprimorar nessa área, com cursos de pós-graduação e especialização.

Atuando diretamente com pacientes graves, em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), o médico intensivista precisa estar capacitado para cuidar, se comunicar, ter empatia e, principalmente, tomar decisões sob pressão.

“Os cursos de pós-graduação devem preparar os profissionais não só com a parte teórica, que aborda a maior parte das situações que vai ter contato no dia-a-dia, mas também explorar as habilidades práticas, condutas e atitudes”, explica o coordenador nacional do curso de Medicina Intensiva da Afya Educação Médica, José Roberto Generoso Júnior.

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Com oferta do curso de pós-graduação em Medicina Intensiva em 14 cidades do país, incluindo Manaus, a Afya Educação Médica se propõe a ir além dos conteúdos práticos e proporcionar uma imersão do aluno para garantir expertise e ganho de performance. O curso aborda situações que o intensivista vai encontrar na sua rotina diária.

“Para isso, fazemos uso de simuladores, onde o aluno consegue praticar e vivenciar as situações do mundo real dentro de um ambiente absolutamente controlado e seguro”, explica.

De acordo com Generoso, nesse contexto são utilizados simuladores de pacientes humanos, para a aprendizagem do trabalho em equipe, a comunicação e a tomada de decisão em casos graves. “Nós utilizamos atores quando queremos explorar a comunicação, a empatia, o exame físico, alguns exames não invasivos como a ultrassonografia e o ecocardiograma”, conta Generoso.

Segundo o coordenador, também são utilizadas estações de habilidades, onde o aluno vai aprender a manejar a via aérea, a fazer a punção de um acesso venoso central, utilizando os equipamentos que permitem essas práticas. “Também utilizamos uma estratégia onde o aluno, através do erro, tem um aprendizado maior, fazendo a discussão junto aos seus pares, mediado pelo professor. Com isso, garantimos que, além do conteúdo teórico, ele vai ter essa expertise com ganho de performance”, conclui.

O Curso de Medicina Intensiva da Afya, conforme explica a diretora da instituição em Manaus, Suelen Falcão, possui a maior carga horária do mercado, com otimização do tempo de formação (12 meses). É destinado a preparar médicos para avaliação de pacientes críticos e definição de diagnóstico.

Os profissionais intensivistas atuam em UTIs gerais ou especializadas. O mercado de trabalho é vasto, uma vez que todo hospital terciário é obrigado a ter, no mínimo, 6% de seus leitos voltados à Terapia Intensiva.

A demanda por esses profissionais é grande em todo o território nacional. O curso é destinado a graduados em Medicina. E que estejam com registro ativo no Conselho Regional de Medicina (CRM).

Carreira em expansão – O Brasil dispõe, hoje, de aproximadamente 8 mil médicos intensivistas, concentrados principalmente nas grandes metrópoles. O número é insuficiente para atender as UTIs distribuídas no Sistema Único de Saúde (SUS) e rede privada.

No Amazonas, o campo da Medicina Intensiva tem grande potencial, uma vez que o estado contava com apenas 63 profissionais, ano passado, de acordo com o estudo “Demografia Médica no Brasil 2023, realizado pela Associação Médica Brasileira (AMB) e Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

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