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Passagem de furacão deixa mais de 60 mortos nos EUA

Depois de causar mortes nos Estados Unidos, furacão Helene enfraquece mas  alerta permanece

O número de mortes provocadas pela passagem do furacão Helene nos Estados Unidos subiu para 63 na noite de sábado (28), segundo as autoridades, enquanto as equipas de emergência procuravam sobreviventes em áreas devastadas de vários estados do Sul e Leste do país.

Milhões de americanos continuam sem eletricidade e muitos enfrentam inundações “catastróficas” provocadas pelo furacão.

As equipes de resgate estão trabalhando para restabelecer o fornecimento de energia e lidar com as consequências de grandes transbordamentos, que destruíram casas, estradas e negócios em vários estados.

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Pelo menos 24 pessoas morreram na Carolina do Sul, 17 na Geórgia, 11 na Flórida, 10 na Carolina do Norte e uma na Virgínia, segundo um balanço elaborado pela AFP a partir de declarações das autoridades locais.

“Estou profundamente entristecido pelas perdas humanas e pela devastação causadas pelo furacão Helene”, disse o presidente americano, Joe Biden, neste sábado. “O caminho para a recuperação será longo”, acrescentou.

Helene atingiu a costa na tarde de quinta-feira perto de Tallahassee, capital do estado da Flórida, como um furacão de categoria 4 (em uma escala que vai até 5), com ventos de 225 km/h, e seguiu causando estragos mesmo após enfraquecer e se tornar um ciclone pós-tropical.

A tempestade seguiu por vários estados, provocando intensas inundações, antes de ir perdendo força gradualmente.

Seis estados decretaram emergência: Alabama, Flórida, Geórgia, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Tennessee.

Em Cedar Key, uma ilha com apenas algumas centenas de habitantes na costa oeste da Flórida, os telhados das casas foram arrancados e as paredes destruídas. 

“É de partir o coração ver isso”, disse Gabe Doty, funcionário municipal, à AFP. “Muitas casas desapareceram, o mercado desapareceu. A agência dos correios não existe mais. É uma verdadeira tragédia, e será difícil reconstruir”, lamentou.

A tempestade deixou vastas áreas destruídas por deslizamentos de terra e alagamentos, até mesmo em locais distantes como Asheville, na Carolina do Norte.

“Esta é uma das piores tempestades da história moderna em partes do oeste da Carolina do Norte”, disse o governador Roy Cooper em uma coletiva de imprensa na noite de sexta-feira. As operações de resgate continuam, informou seu gabinete.

Mais de um milhão de clientes permaneciam sem eletricidade no sábado na Carolina do Sul, e outros 730.000 na Geórgia, além de várias centenas de milhares em outros estados, segundo o site de monitoramento poweroutage.com.

Helene se deslocou sobre águas especialmente quentes após se formar no Golfo do México. “É provável que essas águas tão quentes tenham influenciado a rápida intensificação de Helene”, explicou à AFP a climatologista Andra Garner.

Segundo os cientistas, ao aquecer as massas de água do oceano, as mudanças climáticas aumentam a probabilidade de que as tempestades se intensifiquem rapidamente e o risco de furacões mais potentes.

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