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Polícia investiga envolvimento de traficante peruano no sumiço de Bruno e Dom

Buscas por desaparecidos na amazônia

A Polícia Federal investiga a ligação de um traficante internacional com o desaparecimento do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista brasileiro da Funai Bruno Pereira no Vale do Javari, no extremo oeste do Amazonas, na divisa com o Peru.

Após a prisão de dois suspeitos e a apuração de que mais duas pessoas estariam envolvidas no caso, uma das linhas de investigação da PF também é de que uma delas seria o traficante peruano conhecido na região como “Colombiano”, que teria participação no desaparecimento de Bruno Pereira e Dom Phillips.

O traficante de cocaína, tem forte atuação na rota entre Brasil e Peru, via estado do Amazonas. O governo peruano está colaborando com a investigação, de acordo com a PF.

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Ele é líder de uma organização criminosa e teria contratado Amarildo da Costa de Oliveira, de 41 anos, o Pelado, para executar Dom e Bruno, por causa do trabalho de ambos, que denunciavam crimes na naquela área, na região de fronteira do Brasil com a Colômbia, onde eles foram vistos com vida pela última vez, no dia 5 último.

Nessa área, no município amazonense de Atalaia do Norte, foram encontrados pertences pessoas dos dois e material orgânico, provavelmente humanos. 

Além da prisão de Pelado, ontem (14), a PF também prendeu um segundo suspeito, Oseney da Costa de Oliveira, também de 41, conhecido por “Dos Santos”.

Na última nesta segunda-feira (14), o jornalista Octávio Guedes, no programa Estúdio I, da GloboNews, apontou Pelado como o executor “de um crime encomendado por um traficante de drogas peruano”.

“Apontam que um traficante peruano, que apesar da nacionalidade dele, é conhecido como Colômbia. Que misturam o narcotráfico, o ouro e a pesca ilegal. Então, tá tudo misturado ali. E aí eles vão recrutando esses povos ribeirinhos que, diga-se de passagem, que não tem um modo de vida sustentável para proteger a Amazônia. E eles são cotados para esse tipo de atividade”, afirmou Guedes. 

Ainda de acordo com o jornalista, Bruno Pereira entregou dois oficios com detalhes de denúncias de invasão e pesca ilegal na Terra Indígena do Vale do Javari antes de sumir com o jornalista.

A região do desaparecimento está dentro de área de 1.200 km pertencente à rota da cocaína entre Brasil e Peru.

No depoimento de Pelado, ele disse que é pescador há 30 anos, que conhecia Bruno Araújo de vista e que, no dia do desaparecimento, o viu passando de barco, mas não saiu de casa. Outras falas colhidas pela investigação, porém, apontam que Pelado e dos Santos estariam no local do desaparecimento.

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