
A Prefeitura de Manaus identificou 85 casas na área do desmoronamento que deixou dois mortos no domingo (19) no bairro Redenção, zona centro-oeste da capital, segundo informou o secretário municipal de habitação (Semhaf), Jesus Alves. A prefeitura vai cadastrar as famílias no auxílio-aluguel e retirá-las do local.
“Pelo nosso mapeamento, tem cerca de 85 habitações. Mas, como em Manaus tem muita coabitação, tem casas, por exemplo, que tem três ou quatro famílias, então, somente depois de ir em campo fazer os levantamentos que podemos dar o número de pessoas abraçadas por essa ação”, afirmou Jesus Alves.
O desabamento atingiu quatro casas no bairro Redenção, zona centro-oeste da capital, na manhã de domingo (19), após forte chuva registrada desde a noite de sábado. As residências estão em uma área caracterizada como fundo de vale, por onde escoam as águas das chuvas.
Jeferson Araújo Pereira, de 32 anos, e a filha dele, Ester Amorin, de 8 anos, morreram soterrados. Outras cinco pessoas que ficaram sob os escombros foram resgatadas com vida, incluindo Jhuliana Amorim, de 27 anos, esposa de Jeferson, que perdeu a perna direita.
De acordo com o secretário Jesus Alves, a prefeitura vai conceder auxílio-aluguel às famílias e retirá-las da área de risco para evitar novas ocorrências com vítimas.
“A gente está mapeando para saber a quantidade de pessoas. Por isso que logo cedo tivemos aqui para verificar exatamente isso. Verificar onde iremos alojar, como faremos essa remoção. Fato é que essas pessoas não podem ficar aqui”, disse o secretário.
O primeiro contato assistencial é feito pela Semasc. Até o momento, oito famílias já foram inseridas no benefício Auxílio-Aluguel, por meio do Serviço de Proteção em Situações de Calamidades Públicas e Emergências. Além deste, os atingidos ainda receberão outros benefícios eventuais de acordo com suas principais demandas, tais como cestas básicas, kits de higiene pessoal, colchões, entre outros.
Laudo técnico
Equipes técnicas da Seminf, de forma emergencial, atuam para conter os danos causados às famílias pelo deslizamento.
Engenheiros alegam que as moradias foram construídas em área de risco e que na área não há rede de drenagem profunda instalada e que a rede de drenagem superficial está em pleno funcionamento.
Os técnicos da Defesa Civil identificaram uma rede de drenagem clandestina que estava com vazamento há meses, de acordo com os moradores da área. Para o secretário-executivo da Defesa Civil de Manaus, Gladiston da Silva, esse foi o principal motivo para o deslizamento.
Limpeza da área
Equipes da Semulsp estão no local realizando a limpeza, retirando entulhos e oferecendo assistência necessária para minimizar os impactos da situação.
A Semulsp reafirma seu compromisso com a segurança e bem-estar da população, trabalhando de forma ágil e eficiente para garantir a normalização do ambiente afetado.