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Pressionado, Maduro pede ajuda religiosa na tentativa de conter os impasses na Venezuela

Cada vez mais pressionado interna e externamente, o presidente venezuelano Nicolás Maduro disse que não renuncia, mesmo diante da grave crise política e social imposta ao país pelo seu regime, considerado ditatorial.

Autodeclarado católico, o presidente da Venezuela, teria enviado na tarde de hoje (05) uma carta ao papa Francisco para que o pontífice  faça intermédios a crise política, econômica e humanitária junto a Venezuela.

Durante viagem de retorno ao Vaticano após ter feito visita inética aos Emirados Árabes Unidos, o líder católico lembrou ainda que, no passado, o papa João Paulo II – hoje declarado santo – mediou um impasse envolvendo o Chile e a Argentina.

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“Para que a mediação ocorra, é necessária a vontade de ambas as partes. Agora vou ver essa carta [de Maduro], vou ver o que pode ser feito, mas com a condição de que ambas as partes peçam por isso. Eu estou sempre disposto”, disse.

Como exemplo do que pretende fazer, o líder da Igreja Católica citou uma briga de casal. Segundo ele, primeiro uma das partes procura o padre, depois a outra. Em seguida, ele faz a mediação – dando a entender que negociações políticas são semelhantes a isso.

“Quando as pessoas vão ao padre porque há um problema entre marido e mulher, primeiro um vai. Mas ele pergunta: a outra parte quer ou não quer? Mesmo para países, essa é uma condição que deve fazê-los pensar antes de pedir facilitação ou mediação.”

De acordo com Francisco, a carta enviada por Maduro foi encaminhada pela equipe diplomática venezuelana. “Eu não li ainda, vamos ver o que pode ser feito.” Na segunda (4), o ditador disse que pediria ajuda ao papa para o processo de diálogo.

Nicolás Maduro enfrenta uma onda de protestos no país, que vive um desabastecimento de alimentos e remédios. Em consequência, o líder do parlamento e da oposição, Juan Guaidó, se declarou presidente interino, com forte apoio internacional.

*Com informações da Agência Brasil





Nesta terça-feira (5), ele – que é argentino – revelou que recebeu uma carta do ditador Nicolás Maduro, mas disse que ainda não a leu.

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