Os resultados obtidos pelo Programa de Monitoramento de Água, Ar e Solos (ProQAS/AM) foram destacados durante o seminário internacional ProQAS-AM.
A abertura do evento foi realizada em pleno rio Negro e reuniu representantes do Ministério do Meio Ambiente, Tribunal de Contas do Estado, Ministério Público de Contas, além de especialistas na área de pesquisas e meio ambiente, nesta nesta sexta-feira (22).
Os pesquisadores da UEA apresentaram os dados coletados a partir de 2021 em 15 pontos de monitoramento das bacias de Manaus: Educandos, São Raimundo, Tarumã-Açu, Tarumã-Mirim, Puraquequara e Rio Negro.
A cada três meses, o barco percorre esses pontos para a coleta de amostras e analisar 161 parâmetros relacionados à qualidade da água, como coliformes, pH, nitrogênio, mercúrio, dentre outros. Os resultados estão disponibilizados em um gráfico interativo no site www.gp-qat.com, na aba “Monitoramento IQA”.
O gráfico aponta, por exemplo, que em novembro de 2023, em 10 trechos do Tarumã-Mirim, em apenas um a qualidade da água foi classificada como “boa”, com nota 76.
Os outros nove ficaram na faixa “aceitável”, com notas entre 62 e 71. Na Bacia do Puraquequara, uma localidade teve nota 50, considerada “ruim”.
Barco e monitoramento
As autoridades conheceram o barco de pesquisas Roberto dos Santos Vieira, construído pelo Grupo Atem e entregue ao ProQAS numa parceria com a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).
“Graças ao Grupo Atem, que tem uma visão muito apurada na parte de ASG (ambiental, social e governança), nós estamos desenvolvendo a nossa pesquisa no rio Negro, nas regiões periféricas da cidade, nós coletamos essas análises e levamos à gestão pública”, explicou o gerente de recursos hídricos do Ipaam, Daniel Nava.
“O monitoramento é uma ferramenta importantíssima para o gestor público tomar decisões para preservar a qualidade de água das bacias, para que a população possa utilizá-las”, completou o coordenador geral do ProQAS, Sergio Duvoisin Jr.
O barco de pesquisas Roberto dos Santos Vieira foi doado pelo Grupo Atem em 2021, numa parceria com UEA e Ipaam.
Ele é equipado com quatro laboratórios e, além de monitoramento da água, também permite estudos de qualidade do ar e do solo.