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Vazante dos rios no Amazonas alerta para isolamento e desabastecimento em 33 municípios do estado

Nível da água baixou nas principais calhas e começa a prejudicar a navegação e o abastecimento de cidades, que podem ficar isoladas da capital Manaus

Um dos principais meios de transporte do Amazonas está ameaçado pela a vazante dos rios, que já ligou o sinal de alerta em 33 municípios do interior do estado. A seca tem provocado dificuldades de navegação das embarcações de carga e passageiro e já interfere nas condições de vida das populações rurais e urbanas com o isolamento e o desabastecimento.

O Carreiro do Castanho, a 100 km por estrada de Manaus, está isolado com a queda da ponte na BR-319 (Manaus-Porto Velho), por onde chegavam alimentos, remédios e outros produtos por meio rodoviário.

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A alternativa foi usar o transporte fluvial de Manaus até o Manaquiri – 166 km da capital – de onde é possível chegar até parte trafegável da BR-319 até o Careiro pela rodovia. Mas, com a vazante do Paraná do Manaquiri, que dá acesso a cidade, a navegação tem se tornado perigosa ainda mais com o grande fluxo de balsas transportando veículos da estrada chegando e saindo para Manaus.

Ontem (6), um barco de passageiros virou ao bater num banco de areia e em Tapauá, a quase 500 km de Manaus, outro bateu num tronco de árvore no meio do rio. Nos dois acidente não houve vítimas e apenas o susto de tripuantes e passageiros.

Na região da triplice fonteira entre o Brasil, Peru e Colômbia, o Rio Amazonas está abaixo dos níveis do ano passado. As viagens que duravam três hora de Tabatinga até Benjamin Constant, agora são feitas em seis horas. Por conta disso, as passagens nos barcos, que custavam R$ 30,00, dobraram para R$ 70,00 devido ao custo do combustível.

No Médio Amazonas, os donos de embarcações que transportam cargas estão evitando o frete de produtos pesados como açucar, farinha, arroz. O porto de Coari está seco com muitos bancos de areia, que preocupam os navegantes.

A Defesa Civil estadual informa que até o momento ainda não foi declarado Situação de Emergência nos 33 municípios prejudicados pela seca dos rios Alto e Médio Amazonas, Calhas do Purus e Juruá.

“Existe uma situação de alerta no Amazonas. Estamos atualizando as informações com as prefeituras municipais sobre a emergência e o pedido de ajuda. Em Manaus, o Rio Negro está secando em média 5 centímetros por dia”, afirmou o chefe da Defesa Civil do Amazonas, Charles Barroso.

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