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O mercado de trabalho no Amazonas registrou uma queda acentuada no saldo de empregos formais em março de 2025, com um saldo de 852 vagas, uma redução de 74,4% em comparação com o mês de fevereiro, quando o saldo foi de 3.328 vagas, segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).
Essa queda foi impulsionada, principalmente, pela instabilidade econômica no estado e pelos efeitos da política monetária nacional, com destaque para o aumento da taxa de juros.
O desempenho do mercado de trabalho em março reflete um cenário de adaptação das empresas às dificuldades de financiamento e incertezas no ambiente de negócios.
Panorama setorial
Em termos setoriais, o setor de serviços se destacou, criando 13.452 vagas em março de 2025, um crescimento significativo em relação aos meses anteriores.
Esse aumento reflete a expansão contínua de serviços em áreas como saúde, educação e tecnologia, setores que continuam a ser impulsionados pela demanda crescente.
Por outro lado, o setor do comércio enfrentou dificuldades, gerando apenas 119 vagas em março, uma queda significativa comparada ao mês anterior, quando o saldo foi de 533 vagas.
Esse desempenho reflete o impacto da inflação e da redução do poder de compra no consumo das famílias, o que afetou as contratações no setor.
O setor industrial do Amazonas também registrou um saldo negativo, com -329 vagas em março, representando uma queda substancial em comparação com os 1.077 postos criados em fevereiro.
Esse resultado é reflexo das dificuldades logísticas, custos elevados de energia e da falta de competitividade enfrentadas pelas empresas industriais na região.
Enquanto isso, o setor agropecuário teve um desempenho mais modesto, com a criação de 34 vagas em março. Embora o número ainda seja baixo, ele representa uma leve recuperação após a perda de vagas no mês anterior, quando o saldo foi de -111 vagas.
Por fim, o setor da construção civil registrou um saldo negativo de -18 vagas, uma queda acentuada em relação ao mês de fevereiro, que teve um saldo de 546 vagas.
A construção civil ainda enfrenta desafios significativos, especialmente devido à dificuldade de acesso ao financiamento público e privado e à incerteza econômica que afeta o andamento de projetos de infraestrutura.
Embora o Amazonas tenha experimentado uma queda significativa no saldo de empregos em março de 2025, os setores de serviços e agropecuária mostraram resiliência.
