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Hospital do Amazonas atende pacientes com doenças raras via SUS

A Fundação Hospital Adriano Jorge divulgou que atende, via SUS, 25 pacientes do Amazonas com mucopolissacaridoses, doenças genéticas raras que afetam a produção de enzimas.

Essas substâncias são proteínas fundamentais para diversos processos químicos no organismo humano e a falta delas pode provocar vários transtornos.

A origem da doença é a ausência de um açúcar (glicosaminoglicano) no organismo. Os pacientes não produzem ou produzem pouca quantidade de enzimas para quebrar (digerir) esse tipo de açúcar.

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Nessa ausência, esse açúcar vai acumulando no organismo e causando as complicações.

São seis tipos de mucopolissacaridoses, e cada uma exige um tipo de tratamento diferente.

O custo de cada ampola de enzima pode chegar a R$ 9,8 mil, mas o paciente faz todo o acompanhamento de graça pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com o atendimento realizado no hospital.

O secretário de Saúde (SES-AM), Anoar Samad, destacou a importância desse tipo de serviço na rede pública.

“Defendemos o SUS e temos que cada vez mais melhorar e ampliar o atendimento. Essa é uma determinação do governador Wilson Lima”.

O diretor da fundação, Ayllon Oliveira, afirma que o núcleo para o atendimento de pessoas com doenças raras é um dos serviços mais importantes, pois garante acesso gratuito a um tratamento essencial para os pacientes.

A fundação tem pacientes que são atendidos em Manaus, alguns em casa, mas a instituição treina profissionais de outros municípios para atender esses pacientes em Tefé, Manacapuru, Anamã, Maués, Careiro Castanho e Alvarães.

“Cerca de 80% das doenças raras são causadas por problemas genéticos. Há 15 anos que realizamos este tipo de serviço. A doença causa perda de visão, baixa estatura, má formação óssea e macrocefalia, além de causar problemas cardíacos e respiratórios”, disse a enfermeira Joseleide Almeida, coordenadora do núcleo de assistência mucopolissacaridoses e outras doenças raras na fundação.

Ainda de acordo com a enfermeira, o atendimento no hospital garante uma qualidade de vida melhor aos pacientes, que antes viviam até a adolescência.

A administradora Mara Sanches, de 54 anos, é mãe da Gabriela Carolino e Bruna Carolino, com 30 e 28 anos respectivamente. Elas faziam o tratamento em um hospital particular por decisão judicial, mas agora as pacientes são atendidas via SUS.

Mobilização e visibilidade

O dia 29 de fevereiro é lembrado como Dia Mundial das Doenças Raras, justamente por ser um dia raro, que ocorre de quatro em quatro anos.

Em Manaus, com o apoio do Adriano Jorge, o grupo de mães de pacientes com doenças raras e apoiadores (profissionais de saúde e familiares) vai realizar um encontro em alusão à data no domingo (26), às 8h, no anfiteatro da Ponta Negra, zona oeste da capital.

O evento vai reunir diversas associações de pessoas com doenças raras, com a proposta de dar visibilidade as pessoas com essa condição e sensibilizar para adoção das medidas de inclusão delas na sociedade.

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