A Fundação Hospitalar Alfredo da Matta (Fuham), unidade da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM),
realiza, no período de 19 de janeiro a 1º de fevereiro, uma programação especial dedicada ao combate à hanseníase.
As ações, em apoio à campanha “Janeiro Roxo”, incluem a realização do “Dia D”, para
a busca ativa de novos casos da doença, além de caminhada e seminário, com foco na conscientização.
Em 2024, foram registrados 254 casos novos de hanseníase no Amazonas.
O Dia Mundial de Combate à Hanseníase é 26 de janeiro, mais um motivo para chamar
a atenção para a doença. A secretária de Estado de Saúde, Nayara Maksoud, diz que a mobilização é importante como alerta à população e, também, para orientar sobre o tratamento disponibilizado na rede pública.
“A Fundação Alfredo da Matta é referência no tratamento da doença, oferecendo atendimento especializado”, destacou.
A programação do “Janeiro Roxo” na Fuham inicia dia 19 de janeiro (domingo), a partir das 9h, com a caminhada “Derma-a-pé”, na avenida Eduardo Ribeiro, no Centro.
A caminhada vai contar com a participação da banda da Polícia Militar do Amazonas, que vai tocar marchinhas tradicionais de Carnaval. O evento tem o apoio da Associação da Feira Municipal de Artesanato, Trabalhos Manuais e Produtos do Amazonas dos Artesãos Expositores (AFMAPAEER), responsável pela “Feirinha da Eduardo Ribeiro”.
No dia 25 de janeiro (sábado), das 8h às 14h, a programação será na sede de Fundação, na avenida Codajás, Cachoeirinha, na zona sul. Na ocasião, será realizada uma programação intensificada de atendimentos dermatológicos. Para receber o atendimento, basta a pessoa comparecer ao local com o cartão do SUS e o CPF.
Encerrando a programação do “Janeiro Roxo”, a Fuham vai realizar, nos dias 31 janeiro e 1º de fevereiro, o 2º Seminário “Pensando em Hanseníase”, no auditório da Escola Superior de Ciências da Saúde da Universidade do Estado do Amazonas (ESA-UEA), na Cachoeirinha, na zona sul de Manaus.
Voltado para estudantes e profissionais da saúde, o evento vai contar com palestras para abordar os diversos aspectos da doença. Informações sobre as inscrições serão divulgadas em breve no site www.fuham.am.gov.br e nas redes sociais da instituição.
Cenário epidemiológico
A hanseníase, também conhecida como Mal de Hansen, é uma doença infecciosa, ocasionada por dois micro-organismos, denominados Mycobacterium leprae e Mycobacterium lepromatosis. É transmitida através do contato íntimo e prolongado, principalmente no ambiente familiar, com pacientes que não se tratam.
Em 2024, 254 casos novos de hanseníase foram detectados no Amazonas. Desses, 64,2% (163 casos) foram registrados em moradores do interior e 35,6% (91 casos) em residentes na capital.
Os municípios que apresentaram maior taxa de detecção foram: Silves (43,26/100 mil habitantes), Novo Airão (38,07/100 mil hab.), Itamarati (36,57/100 mil hab.), Rio Preto da Eva (32,08/100 mil hab.), Careiro (28,24/100 mil hab.) e Santa Isabel do Rio Negro (28,24/100 mil hab.).
A coordenadora do Programa Estadual de Hanseníase, Valderiza Pedrosa, reforça que, apesar de ser infecciosa e contagiosa, a hanseníase é uma doença que tem tratamento e pode ser curada. “Nós realizamos ações em todos os municípios.
O tratamento é acessível, gratuito, temos medicação. Por isso, é necessário a orientação para combater a doença”, explica Valderiza, que é epidemiologista.