
De volta ao peso-pena, categoria que o consagrou dentro do UFC, José Aldo provavelmente não esperava que o ‘retorno’ fosse de uma maneira ‘forçada’ pelas circunstâncias.
Dono de sete defesas bem-sucedidas nos 66kg, o manauara “Rei do Rio” que iria encarar o canadense Aiemann Zahabi, no peso-galo (até 61,2kg), acabou não conseguindo bater o peso, marcando na balança 64,8 kg, na manhã de sexta-feira.
De acordo com o jornalista Ariel Helwani, o UFC percebeu que José Aldo não bateria o peso da categoria dos galos e negociou com ambas as partes para realocar o combate deste sábado para o peso-pena (65,7kg).
José Aldo e Aiemann Zahabi fazem a terceira luta do card principal do UFC 315, que terá como luta principal o embate no peso meio-médio (77,1kg) entre: Belal Muhammad e Jack Della Maddalena. Na co-luta principal, Valentina Shevchenko defende o cinturão peso-mosca (56,7kg) contra Manon Fiorot. Ao todo, 12 lutas irão marcar o card a partir das 18h30 (de Manaus).
Em entrevista coletiva concedida na quarta-feira, José Aldo falou sobre o processo de corte de peso e a dificuldade envolvida. Entretanto, o Rei do Rio afirmou que estava tudo ocorrendo bem e que estava até 1kg abaixo do esperado naquele momento da preparação.
“Eu acho que é o processo mais difícil, a perda de peso. Eu sempre falo para os meus treinadores que eu adoro treinar, faço sparring com o maior prazer, mas agora a perda de peso… ontem a gente fez o trabalho, bati até um 1kg abaixo do esperado, então, acho que estamos bem, sofrido, mas vamos bater o peso”, disse Aldo em entrevista coletiva.
Esta será a terceira vez seguida – após o retorno da aposentadoria – que José Aldo irá enfrentar um adversário anônimo do público em geral, até mesmo dentro do próprio nicho do MMA.
Nas outras duas vezes, o hall da fama venceu com propriedade Jonathan Martinez, por decisão unânime, mas perdeu por decisão dividida, em luta considerada sonolenta para grande parte do público, contra Mário Bautista.
“Sobre o oponente, sei pouco sobre ele. Não é desrespeito, mas é que eu não parei para assistir nenhum vídeo, nada mesmo sobre ele. Essa parte eu deixei mais para os treinadores mesmo, pois eu quero fazer a minha luta, desempenha o que eu tenho de melhor. A mer** que eu fiz na última luta, aquilo não pode mais acontecer, que me assiste quer ver uma luta de verdade, agressividade, coisas que me fizeram campeão”, disse.
Questionado sobre aceitar lutas contra adversários com pouco nome no UFC, Aldo rebateu: “Eu sou pago para lutar e eu gosto de lutar. Agora, vamos falar o que acontece, quem está ali no ranking, não quer lutar com quem está abaixo, isso é algo que não entra na minha cabeça. Para eu ser campeão, não importa quem esteja no caminho, eu só preciso entrar na luta e fazer uma grande apresentação. O Aldo foi feito para lutar, então tenho que entrar lá e nocautear”, concluiu.