O Rio Amazonas atingiu a maior seca já registrada na ilha de Parintins, no Amazonas, nesta sexta-feira (20). Segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB), essa é a pior seca da cidade dos bois Garantido e Caprichoso em 49 anos de medição.
De acordo com a Estação de Monitoramento de Parintins, do SGB, nesta sexta, o Rio Amazonas amanheceu com -190 cm, 4 cm abaixo do recorde anterior, de 2010, quando o rio tinha baixado para até -186.
Na Calha do Baixo Amazonas, a ilha e outros seis municípios estão em situação de emergência por causa da estiagem de 2023.
Veja a lista:
- Barreirinha,
- Boa Vista do Ramos,
- Maués,
- Nhamundá,
- Parintins,
- São Sebastião do Uatumã e
- Urucará.
A área rural da ilha é a mais afetada. De acordo com a Defesa Civil de Parintins, 29 comunidades estão em situação de difícil acesso ou em completo isolamento.
Nessas comunidades, água, alimento e outros mantimentos ficam cada vez mais escassos. Em muitos casos, os ribeirinhos enfrentem mais de 12 horas de viagem até a área urbana.
Somente no fim de semana, a Prefeitura de Parintins informou que enviou as primeiras cestas básicas para a região do Mocambo e Caburi. Segundo o município, 600 cestas básicas foram distribuídas.
Parintins
Banhada pelo Rio Amazonas, Parintins é uma ilha. A cidade é conhecida por promover, anualmente, o Festival de Parintins. No centro da festa, está a disputa entre os bois Garantido (vermelho) e Caprichoso (azul).
Normalmente, a festa ocorre no fim do mês de junho.