O salário mínimo pode chegar a R$ 1.521 em 2025, seguindo a nova fórmula estabelecida pela política permanente de valorização do mínimo do governo Lula, de acordo com as últimas projeções da inflação para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado de referência para o reajuste do piso salarial e de benefícios sociais, e do crescimento do PIB.
Caso seja confirmado, o valor representa aumento de 7,7% em relação ao salário mínimo de 2024, de R$ 1.412. O reajuste corresponde a um acréscimo de R$ 109 ao mês.
O possível acréscimo no salário mínimo de 2025 fica acima da proposta presente no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), de R$ 1.509. O texto foi encaminhado em agosto ao Congresso Nacional e aguarda aprovação.
Entidades sugerem que o salário mínimo deveria ser maior. Um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que o piso salarial necessário para 2024 seria de R$ 6.769.
Desde 2023, foi instituída a nova política de reajuste do mínimo, que se baseia em um índice que combina a inflação do ano anterior e a variação positiva do Produto Interno Bruto (PIB) — a soma de toda a riqueza produzida no país — de dois anos anteriores, a partir de 1º de janeiro.
Vale destacar que o valor projetado para o próximo ano (R$ 1.521) ainda é uma estimativa e pode mudar. Isso porque o piso salarial oficial apenas será conhecido em 10 de dezembro, quando serão divulgados os dados da inflação e do INPC referentes a novembro.
O reajuste do mínimo não altera apenas os vencimentos de quem recebe o piso nacional, mas também implica o reajuste de diversos benefícios, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e os pagamentos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).