Cerca de 580 internos das unidades prisionais da capital voltaram às aulas, nesta semana, na Escola Estadual Giovanni Figliuolo. A educação de Pessoas Privadas de Liberdade (PPLs) tem como objetivo a reinserção do reeducando ao convívio social, além de prepará-lo para cursos ou provas de cunho profissional.
O trabalho é uma parceria entre as secretarias de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e a de Educação e Qualidade do Ensino (Seduc).
Neste ano, as unidades atendidas pela Escola Estadual Giovanni Figliuolo são: Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF), Centro de Detenção Provisório Masculino (CDPM 1), Centro de Detenção Provisório de Manaus II (CDPM II), Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), Enfermaria Psiquiátrica, Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), Penitenciária Feminina de Manaus (PFM) e a Unidade Prisional do Puraquequara (UPP).
Os educadores aplicam a metodologia de ensino de Educação de Jovens e Adultos (EJA), desde a alfabetização até o ensino médio. A Escola de Administração Penitenciária (Esap) da Seap é responsável pelo levantamento do número de internos interessados em retomar os estudos, já que a inscrição é facultativa.
Formação escolar contribui no desempenho em provas – Desde 2012, os detentos participam anualmente do Exame Nacional do Ensino Médio para pessoas privadas de liberdade (Enem-PPL). O desempenho dos internos evolui a cada edição, e o sistema prisional já registrou um total de 42 aprovações até a edição de 2016. Outra prova de fundamental importância na educação dos detentos é o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), que certifica os detentos no ensino médio.
Histórico – Inicialmente chamada de Escola Estadual Agnello Bittencourt, associada à Casa de Detenção de Manaus, primeiro nome da Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, a instituição de ensino foi fundada em 13 de maio de 1928, para alfabetizar internos que recebiam incentivos para frequentar e continuar os estudos até o ensino primário completo, em modelo supletivo, passando a se estender ao ensino médio.
A mudança no nome da instituição ocorreu em 1967, após a formalização da parceria com a Seduc, que à época era intitulada como Departamento de Educação e Cultura, passando a ser chamada Escola Estadual da Penitenciária Central. Em fevereiro de 1993, a escola passou por uma nova mudança de nomenclatura que se mantém até hoje, tornando-se a Escola Estadual Giovanni Figliuolo.