O governador do Amazonas, Wilson Lima, está em Brasília, onde encontra com o presidente Jair Bolsonaro (PL), na tarde desta quarta-feira (9), para falar do decreto presidencial que reduziu as alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A medida provoca impactos negativos na Zona Franca de Manaus
Ontem (8), o secretário de Fazenda do Amazonas (Sefaz), Alex Del Giglio, participou de reunião no Ministério da Economia com técnicos da pasta e o secretário especial da Receita Federal, Julio Cesar Vieira Gomes, em busca de soluções para resguardar as vantagens competitivas da ZFM.
Participaram ainda do encontro o secretário de Educação de Manaus, Pauderney Avelino, além de entidades que representam empresas instaladas no PIM, como CIEAM, Abraciclo, Abir e Eletros.
Alex Del Giglio disse que reforçou junto ao Ministério da Economia o pedido do governo do Amazonas para excluir da lista de produtos que tiveram o IPI reduzido cerca de 3 mil itens fabricados pelas indústrias no estado.
“A gente teve a oportunidade de mostrar tecnicamente qual é a nossa proposta, que inclui não reduzir a alíquota de IPI para os produtos que têm PPB e também para aqueles que não são produzidos no país”, explicou o secretário de Fazenda do Amazonas.
A preocupação de Del Giglio em deixar de fora da redução os produtos que também não são feitos no Brasil é para permitir que a ZFM seja porta de entrada para fabricação deles na região.
Del Giglio também destacou que o governo federal terá de republicar em 1º de abril a Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI). Segundo o secretário da Sefaz, essa é uma janela de oportunidade pra excepcionalizar os produtos fabricados em Manaus. Alex Del Giglio manifestou otimismo em relação ao avanço das negociações.
“O Júlio César, que é o secretário-especial da Receita Federal, ouviu com muita atenção, foi muito sensível aos temas da Zona Franca, mostrou boa vontade, deixou aberta a discussão para que a gente possa fazer novas rodadas. E ainda que seja uma questão que não tem só um viés técnico, tem um viés político, imaginamos que a gente vai ter um bom resultado”, disse.