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Caso Silvanilde: juiz cobra polícia sobre possível segundo envolvido na morte da servidora

O juiz Henrique Veiga Lima, da 9ª Vara Criminal de Manaus, pediu explicações à Polícia Civil sobre a investigação de uma pessoa que aparece com uma camisa ensanguentada nas filmagens do sistema de segurança do prédio onde morava a servidora do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) Silvanilde Ferreira Veiga. Ela foi assassinada no local em maio deste ano.

A determinação atendeu ao pedido da defesa do agente de portaria Caio Claudino de Souza, de 25 anos, que foi preso no dia 31 de maio por suspeita de envolvimento no crime.

O advogado Sérgio Samarone reclamou da falta de investigação sobre essa pessoa.

“Ele aparece com a camisa, depois vai ao banheiro e sai sem a camisa, e ninguém investiga o cara, ninguém identifica ele, ninguém faz exame de DNA para saber se o sangue era da Silvanilde ou não”, afirmou Samarone.

Henrique determinou que polícia informe se investigou e identificou a pessoa, e, caso não tenha apurado, que justifique a impossibilidade.

O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) acusa Caio de latrocínio (roubo com resultado de morte) com base em uma declaração dele à polícia quando foi preso temporariamente.

O promotor de Justiça Francisco Campos, que atua no caso, sustenta que o rapaz roubou o celular de Silvanilde “mediante emprego de violência, com resultado morte”.

Henrique Lima também ordenou a realização de exame de confronto genético em materiais apreendidos pela polícia na cena do crime, entre eles um par de botas e a farda usada por Caio no dia em que Silvanilde foi assassinada.

A primeira perícia, que aponta material genético de Caio, foi feita pelo Instituto de Criminalística e a contraprova deverá ser feita por uma clínica particular.

O juiz ordenou, ainda, que o Instituto de Criminalística informe por onde as provas do caso transitaram e quais funcionários (e as funções deles) as manipularam no dia 21 de maio. O órgão deverá informar se houve requerimento das provas pela polícia após o envio para a perícia, e se houve, comunicara motivação.

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